A Secretaria Estadual de Saúde concluiu na última terça-feira (06/02) o balanço da campanha de vacinação contra o sarampo. Realizada entre os dias 16 de janeiro e 03 de fevereiro, a mobilização superou a meta estipulada e imunizou 80,58% de todos as 480.677 pessoas de 11 a 49 anos existentes nos 23 municípios-alvo. A projeção dos técnicos da SES era de vacinar 384 mil pessoas, mas a estratégia montada com antecedência e a parceria firmada com as prefeituras garantiram o êxito da ação, encerrada com 387.330 doses aplicadas (ver tabela abaixo).

“Avalio o resultado da campanha como uma junção de vários fatores que contribuíram. A mobilização dos municípios, que discutiram conosco a melhor forma de chegar às pessoas, a utilização de equipes móveis, deslocando-se para as regiões mais remotas, a divulgação na mídia e também a adesão da classe médica, que compareceu às nossas capacitações para diagnóstico do sarampo”, diz o secretário-executivo de Promoção à Saúde da SES, Cláudio Duarte.

Em toda a campanha, a vacina esteve disponível em 227 postos, 29 hospitais e 10 unidades mistas localizados nas cidades-alvo. Alem disso, foram distribuídos 47 mil folders, 4,725 mil cartazes e o mesmo número de manuais clínicos para os profissionais de saúde. O município de maior destaque foi Orocó, com 136% de doses aplicadas, ou seja, além de toda sua população, cerca de 36% do total são pessoas de outras cidades que receberam a vacina lá. Em contrapartida, o município de Araripina imunizou apenas 9,7 mil de um público-alvo de 32 mil pessoas. “Nós disponibilizamos as doses, mas os municípios que não atingiram a meta serão responsabilizados se surgiram algum caso de sarampo. Pedimos que as prefeituras continuem alertas e nos informem casos suspeito através de nossa unidade de resposta rápida (0800-281-3041) ”, acrescenta Cláudio Duarte.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, de natureza viral, transmitida através das secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. É caracterizada pela aparição de manchas avermelhadas na pele, febre alta, coriza e conjuntivite. Em casos mais graves, pode provocar infecção no ouvido, pneumonia e encefalite, podendo levar a óbito. Alvos mais frágeis da virose, as crianças devem tomar a vacina tríplice aos 12 meses de idade e o reforço dos 4 aos 6 anos. Desde 2000, não há casos no Estado.