Você tem uma dieta pobre em cálcio e vitamina “D”, fuma, abusa do álcool, faz uso exagerado de remédios à base de corticóides ou é uma pessoa sedentária? Você fez alguma cirurgia de histerectomia (retirada do útero ou ovário), entrou na menopausa? Então, bastante atenção: você apresenta alguns dos fatores de risco para a Osteoporose, doença caracterizada pela diminuição da massa óssea, fazendo com que os ossos fiquem mais frágeis, aumentando o risco de fratura. Idosos e mulheres na pós-menopausa também estão entre os mais afetados pela doença.

Para alertar sobre o problema foi criado o Dia Mundial da Osteoporose, em 20 de outubro. Segundo dados da Fundação Internacional de Osteoporose, de cada três pacientes que sofreram fratura no quadril, um tem diagnóstico da doença. No Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, nos nove primeiros meses do ano foram realizadas mais de 230 cirurgias de fêmur proximal, região localizada próxima ao quadril, muito comum em pacientes portadores de osteopenia e osteoporose. Fraturas desse tipo, além de limitarem a mobilidade e a execução de tarefas do dia a dia por longos períodos, podem colocar em risco a vida do paciente.

O ortopedista do HMA, Rodrigo Amorim, esclarece que a osteoporose é uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas e, por isso, o diagnóstico é feito, geralmente, após o surgimento de fraturas. Mas existem outros aspectos: “a fratura é a característica mais clara. Porém, uma redução da estatura do paciente, dor nos ossos e nas articulações, ou a presença de ombros caídos ou corcunda podem indicar a perda da massa óssea. Nesses casos, um exame de densitometria óssea pode confirmar a doença”, explica.

O tratamento para a osteoporose é feito com o uso de medicamentos que estimulam a produção de massa óssea. Porém, a prática de atividades físicas e mudanças na dieta, com a ingestão de cálcio somada à exposição ao sol durante 15 minutos, todos os dias, para a produção de vitamina “D” também são eficazes para combater a doença.