Contribuir para melhoria dos processos, protocolos, análise de eventos adversos dentro do ambiente hospitalar e realização de oficinas de capacitação de profissionais foram os pontos abordados em visita de representantes do representantes do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, ao Hospital Agamenon Magalhães (HAM). As visitas, realizadas na segunda (04.09) e terça-feira (05.09), fazem parte do monitoramento do Projeto Redução de Mortalidade Materna, implantado na unidade, referência em Pernambuco para parto de alto risco.

O projeto-piloto foi implantado no HAM em março deste ano visando a assistência à gestante e às puérperas – período que compreende os 40 dias após o parto -, e a atualização de profissionais que atuam em áreas onde há demanda ligada à maternidade, desde o momento da admissão da paciente, como emergência geral e cardiológica, UTI adulto e neonatal. O encontro reuniu profissionais de setores que lideram o atendimento junto a essas pacientes, desde o pré-natal e acompanhamento, para discutir a cultura de segurança das pacientes a médio e longo prazo.

O HAM atende aproximadamente 5 mil mulheres e realiza 4,2 mil partos, anualmente. A escolha do HAM como parceiro do Einstein se deu após a inserção no Projeto Parto Adequado, já em desenvolvimento na unidade e que estimula o aumento das realizações de partos naturais, contribuindo para redução da mortalidade materna.

“O Agamenon foi escolhido como HUB do Projeto Parto Adequado, ou seja, vai ajudar outros serviços a alcançar as melhorias que conseguimos aqui. Na primeira fase, tínhamos poucos hospitais públicos e dentro da característica do projeto precisaríamos atuar dentro de uma unidade com esse perfil, e, por conta do desempenho que o HAM já vinha tendo no Parto Adequado, aliado ao ambiente de liderança que encontramos, percebemos que seria o melhor ponto para o projeto-piloto e para desenvolver novas melhorias, proporcionando o crescimento do parto normal e também diminuir a mortalidade”, afirmou a gerente de Projetos Estratégicos em Qualidade e Segurança do Paciente do Albert Einstein, Paola Andreoli.

Já foram treinados 170 profissionais, incluindo médicos e enfermeiros do HAM e da rede de hospitais de apoio, que encaminham os casos graves à maternidade do HAM.  “A partir do Projeto de Redução da Mortalidade Materna, nós estamos nos debruçando sobre essas situações, revendo protocolos e assim conseguindo codificar os fatores que levam a um desfecho favorável, para replicá-los e padronizá-los”, ressaltou a diretora do Hospital Agamenon Magalhães, Cláudia Miranda.