Em 1941, nascia uma verdadeira micro-cidade para atender às recomendações do Serviço de Profilaxia da Lepra (hanseníase): era o Hospital Geral da Mirueira (HGM). Projetado com ruas, praças, templo religioso, prefeitura, escola, área de lazer, além dos complexos médicos necessários, o objetivo era minimizar o sofrimento dos pacientes. Hoje, o local continua sendo referência para o atendimento à população com hanseníase e dependentes químicos, chegando a fazer mais de 10 mil atendimentos ambulatoriais, emergenciais e no setor de diagnóstico por mês, nessas e em outras especialidades.
 
Nesta terça-feira (26/08), o hospital comemora seus 73 anos com uma extensa programação para os seus pacientes e para a comunidade da Mirueira. Às 8h, haverá uma partida de futebol no campo da unidade. Às 10h, será realizado o hasteamento da bandeira, com a presença da banda musical do Corpo de Bombeiros. Em seguida, um coquetel será servido com homenagem aos funcionários e algumas atrações musicais no ginásio esportivo.
 
"Este é um hospital integrado com a sociedade. Além de todo o trabalho com os pacientes de hanseníase e os dependentes químicos, oferecemos ambulatório para várias especialidades. Por termos uma área grande, também cedemos o espaço para que outras entidades e os moradores da vizinhança possam utilizar nosso campo e ginásio esportivo", afirma o diretor da unidade, José Carlos Rosa. 
 
 
Atualmente, a equipe do Hospital Geral da Mirueira é formada por cerca de 400 funcionários. No hospital, existem, ao todo, 137 leitos, sendo 76 para dependentes químicos (álcool e outras drogas) e 61 para o tratamento de hanseníase. Já nos ambulatórios, há atendimentos nas seguintes especialidades: dermatologia, cardiologia, clínica médica, fisioterapia, ginecologia, odontologia, ortopedia, pediatra, psicologia, psiquiatria, vascular, angeologia, terapia ocupacional e serviço social. No setor de diagnóstico e exames, laboratório e raio-X.
 
Para auxiliar os pacientes com hanseníase, há uma oficina para fazer palmilhas adaptadas para os calçados, chamada Oficina do Pé Insensível. O serviço beneficia a população de todo o Estado. Por mês, uma média de 30 palmilhas são confeccionadas, evitando feridas e ajudando na cicatrização. Os que suspeitam da doença ainda podem ir ao local para fazer exame de baciloscopia, que auxilia no diagnóstico da hanseníase.
 
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