O período junino traz consigo o aumento do risco de queimaduras provocadas por fogos de artifício. Para alertar sobre o perigo e como prevenir os possíveis acidentes, o médico cirurgião plástico do Hospital Miguel Arraes (HMA), Rafael Albuquerque, dá orientações sobre o assunto.
 
"É preciso atenção extrema, principalmente em se tratando de crianças, ao lidar com fogos de artifício. Além de provocar graves queimaduras, os fogos podem causar mutilações, lesões nos olhos e até surdez", afirmou.
 
O cuidado precisa ser redobrado também com as fogueiras. "Há casos graves por acidentes provocados no acendimento da fogueira. É necessário utilizar produtos adequados e estar atento quanto à proximidade da chama", alertou.
 
Independente da profundidade da queimadura, Albuquerque recomenda que "o primeiro passo é utilizar água corrente na zona lesada. Um jato suave de água fria, porém sem o uso de gelo, é o procedimento imediato mais adequado".
 
A recomendação também é nunca usar produtos como creme dental, sabão, borra de café, manteiga ou azeite, nem tentar descolar tecidos grudados na pele queimada.
 
Em todas as situações desse tipo de lesão, o médico deve ser consultado imediatamente. Casos mais graves e que atingem grande parte do corpo devem ser encaminhados para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) mais próximas ou para o hospital de referência nessa especialidade: o Hospital da Restauração, no Recife. No interior do Estado, é importante ser encaminhado aos hospitais regionais, que podem prestar o primeiro atendimento e, caso necessário, direcionar para outra unidade. 
 
No caso das crianças, recomenda-se que os pais ou responsáveis acompanhem o momento de soltar os fogos, mesmo que a classificação indicativa dos artifícios para esta faixa etária esteja liberada.
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