As médicas Caroline Araújo Magnata da Fonte e Lílian Azevedo, do Hospital Getúlio Vargas (HGV), participam, desde a quarta-feira (13.09), do 34º Congresso Brasileiro de Reumatologia, que acontece até sábado (16.09), em Florianópolis, Santa Catarina. As duas fazem parte de um grupo de estudo multicêntrico sobre chikungunya, com pesquisadores de outros três Estados nordestinos (CE, PB e SE), e têm participação ativa no evento, com foco na apresentação de trabalhos sobre arboviroses.
 
Coordenadora do ambulatório de chikungunya do Getúlio Vargas, Lílian revela que o estudo desenvolvido pelo grupo já abordou 732 pacientes, dos quais 229 do próprio HGV, gerando subsídios para importantes publicações médico-científicas. As duas participaram do último Congresso Europeu de Reumatologia, em junho passado, em Madri, e fazem parte da equipe que lançou as recomendações para o diagnóstico e tratamento da doença na Revista Brasileira de Reumatologia. A chikungunya causa febre, dor intensa e inchaço nas articulações, que, no caso, pode surgir até 60 dias após a doença. 
 
“Tem sido muito interessante e importante a participação neste congresso. A organização trouxe onze palestrantes internacionais e isso abre as portas do que está sendo discutido aqui para o mundo”, explica Lílian Azevedo. Ela moderou uma das mesas de discussão do evento, sobre diagnóstico e tratamento de arboviroses, enquanto a chefe do Serviço de Clínica Médica do HGV, Caroline da Fonte, apresentou quatro pôsteres sobre o tema, que podem entrar para os anais do evento.
 
“O nosso grupo tem sido pioneiro no estudo das pessoas acometidas pela epidemia de chikungunya e a divulgação dos resultados colhidos na pesquisa ganha relevância. Tenho certeza de que estamos tratando de uma nova doença”, conclui Lílian.