A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da massa óssea, fazendo com que os ossos fiquem mais frágeis, aumentando o risco de fratura. Pessoas com dieta pobre em cálcio e vitamina “D”, que fumam, abusam do álcool, fazem uso exagerado de remédios à base de corticóides, são sedentárias, além de idosos e mulheres na pós-menopausa apresentam os fatores de risco para a doença, que atinge cerca de 33% das mulheres e 15% dos homens com mais de 65 anos. 

Para alertar sobre o problema foi criado o Dia Mundial da Osteoporose, em 20 de outubro. Segundo dados da Fundação Internacional de Osteoporose, 10 milhões de brasileiros sofrem com a doença, e a cada três segundos um osso se quebra, em algum lugar do mundo, por causa da osteoporose. As fraturas mais comuns ocorrem no quadril, coluna e punho.  As projeções da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) revelam que o número anual apenas de fraturas de quadril relacionadas à osteoporose (atualmente, 121.700 fraturas por ano) deverá atingir 140 mil pessoas até 2020.  

No Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, nos dez primeiros meses do ano, foram realizadas 312 cirurgias de fêmur proximal, região localizada próxima ao quadril, muito comum em pacientes portadores de osteopenia e osteoporose. Fraturas desse tipo, além de limitarem a mobilidade e a execução de tarefas do dia a dia por longos períodos, podem colocar em risco a vida do paciente.  

O ortopedista do HMA, Rodrigo Amorim, esclarece que a osteoporose é uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas e, por isso, o diagnóstico é feito, geralmente, após o surgimento de fraturas. Mas existem outros aspectos: “a fratura é a característica mais clara. Porém, uma redução da estatura do paciente, dor nos ossos e nas articulações, ou a presença de ombros caídos ou corcunda podem indicar a perda da massa óssea. Nesses casos, um exame de densitometria óssea pode confirmar a doença”, explica.  

A densitometria óssea é o principal exame para detectar precocemente a osteoporose. Toda mulher com mais de 65 anos e homens acima de 70 anos devem fazer esse exame. Adultos com mais de 50 anos, que tenham doenças que possam trazer fatores de risco, também devem ser avaliados. O Raio X de coluna auxilia na busca de fraturas vertebrais (muitas vezes assintomáticas), enquanto exames de sangue e urina ajudam a investigar a causa da osteoporose em conjunto com a história e suspeita clínica.  

O tratamento para a osteoporose é feito com o uso de medicamentos que estimulam a produção de massa óssea. Porém, a prática de atividades físicas e mudanças na dieta, com a ingestão de cálcio somada à exposição ao sol durante 15 minutos, todos os dias, para a produção de vitamina “D” também são eficazes para combater a doença.