Referência em partos de alto risco no Estado de Pernambuco, com cerca de 350 procedimentos por mês, a maternidade do Hospital Agamenon Magalhães (HAM) é a única do País a participar de um projeto piloto desenvolvido pelo Hospital Israelita Albert Einstein em parceria com o laboratório MSD para a redução da mortalidade materna. Na última semana (14.03), uma equipe de 39 profissionais participou, no Centro de Simulação Realística do hospital, em São Paulo, do primeiro treinamento especializado para médicos obstetras, obstetrizes e enfermeiros. Com a capacitação desses profissionais, serão estabelecidos novos protocolos de atendimento e também em outros hospitais do Estado. Isso possibilitará o melhor atendimento prévio de gestantes de risco.
 
O treinamento ocorreu por meio aulas teóricas e simulações com robôs para a aplicação de técnicas, procedimentos e protocolos para evitar a morte materna. A equipe do Centro de Simulação Realística preparou cenários onde aconteceram simulações de sepse (infecção) em obstetrícia e pré-eclâmpsia (hipertensão arterial) e acompanharam a atuação comportamental dos supostos pacientes. Além disso, os alunos viram, por meio de práticas monitoradas, ressuscitação cardiopulmonar na gestante, tromboembolismo pulmonar, hemorragia pós-parto e protocolos em obstetrícia. No próximo dia 27.03, mais uma turma formada por 40 profissionais participarão da capacitação especializada no Einstein. 
 
A maternidade do Hospital Agamenon Magalhães (HAM) contribui de forma importante com a Rede Materno Infantil de Pernambuco. Entre os anos de 2010 e 2013, houve um incremento de 67% na quantidade de partos de alto risco realizados pela instituição. A unidade participa, desde 2015, do Projeto Parto Adequado, fruto de uma parceria do Ministério da Saúde e o Albert Einstein, para incentivar o parto normal em maternidades públicas e privadas de todo o País. O HAM foi o único hospital público do Estado selecionado. Com isso, o HAM conseguiu ampliar o número de partos vaginais realizados na unidade entre mulheres em primeira gestação. Até o início de 2015, a taxa de partos normais realizados dentro desse grupo era de 26,8%. Atualmente, esse número já ultrapassa os 53%.