Os agentes comunitários de saúde (ACS) atuam na promoção da saúde e como mediadores entre a comunidade e os serviços de saúde municipais. Com foco na saúde da mãe e do bebê, a Secretaria Estadual de Saúde (SES), em parceria com o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), realizara nesta terça-feira (10.04) o workshop 'Novas perspectivas para a atuação dos agentes comunitários de saúde na saúde materna e infantil'. O encontro acontece no auditório Tabocas do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Entre os palestrantes, profissionais do Centro per la Salute del Bambino - Trieste  e da Universidade de Trieste, ambos localizados na Itália, além de profissionais do Imip e SES.

Em sua explanação, o representante do Centro per la Salute del Bambino – Trieste, Giorgio Tamburlini, destacou o trabalho desenvolvido junto aos ACS do Recife e o Imip. “De 2015 a 2017, realizamos visitas domiciliares a gestantes e crianças para poder alcançar melhores objetivos no âmbito do pré-natal e nutrição infantil, por exemplo. Nesse processo, contamos com a participação de cerca de 90 agentes Comunitários”, contou.

 

Sobre a realização do workshop, Tamburlini ressaltou a importância do debate. “Essa discussão de hoje pode contribuir para debate internacional sobre o papel dos ACS e sobre o imenso potencial que eles têm para melhorar a saúde das gestantes, crianças e também de outros grupos populacionais, particularmente em áreas menos favorecidas, onde eles se tornam ponte efetiva entre o serviço de saúde e população”, concluiu.

“Os ACS, na rede materno infantil, atuam na prevenção de doenças e na garantia de uma gestação saudável. São esses profissionais que vão estar próximos dessa mulher que precisa fazer um planejamento reprodutivo. Partindo do momento que optam ter filhos, essa orientação deve ser dada sobre a necessidade do acompanhamento pré-natal, o acompanhamento profissional para aquelas gestantes que apresentem alguma alteração. Todo processo é fundamental para prevenção de doenças e na diminuição de casos de mortalidade desse público. Ou seja, os ACS são o elo entre as orientações de saúde e as mulheres que desejam ser mães e atuam para trazê-las para dentro dos serviços de saúde, e quando necessário, as encaminham para os serviços especializados”, afirmou a gerente de Saúde da Mulher da SES, Letícia Katz. Outro ponto importante destacado pela gerente são as ações de promoção e assistência à saúde da mulher no período de puerpério – que compreende aos primeiros 45 dias após o parto.

Para superintendente de Atenção Primária da SES, Maria Francisca Carvalho, o trabalho originado da parceria da Itália e Imip contribui para o fortalecimento das atribuições dos agentes comunitários de saúde no eixo materno infantil, aliado às ações de nível estadual que visam a diminuição da mortalidade desse público.