Para marcar as atividades em referência ao Dia das Crianças, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizou nesta quarta-feira (10/10) um seminário gratuito sobre violência contra a criança e o adolescente. O encontro, voltado para profissionais da atenção primária e da rede de urgência e emergência do Estado, visa conscientizar o público-alvo sobre a importância da capacitação adequada para registros e acolhimento dos casos. A programação, aberta a todos os interessados, aconteceu no auditório da SES, no bairro do Bongi, e contou com transmissão ao vivo do evento para as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), por meio de videoconferência.

O encontro aconteceu formato de mesa-redonda com debate ao término das apresentações. "A violência contra a criança e o adolescente é um tema extremamente importante para debate na saúde. Nosso objetivo é apresentar o cenário geral no Estado, trazendo pontos essenciais sobre o protocolo de acolhimento na rede de urgência e emergência, com foco nas violências física e sexual", pontua a pediatra e técnica da Gerência de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da SES, Madalena Oliveira. 

A primeira apresentação, Cenário atualizado da Vigilância das Violências em Pernambuco, trouxe dados sobre tipos de violência mais frequentes no Estado, informações sobre agressores mais comuns, aspectos legais sobre o tema, sexo e faixa etária dos registros. A palestra foi realizada por Renata Oliveira, da Vigilância das Violências da SES. Já a pediatra Danielle Rodrigues, do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip), comandou a mesa Protocolo de Atendimento nas Unidades de Urgência, com fatores importantes de assistência e acolhimento às vítimas de violência que dão entrada nas unidades de saúde da rede estadual.

Houve também espaço para debate sobre a saúde mental dos jovens, trazendo o gancho do Setembro Amarelo, período de conscientização sobre a importância da prevenção ao suicídio. A apresentação final, Desafios postos à Violência Infantojuvenil, será conduzida pela psicóloga Alda Roberta Campos, da Gerência de Saúde Mental da Secretaria Estadual de Saúde. "Precisamos atentar também para a violência autoprovocada, principalmente em tempos dos desafios da Baleia Azul e da boneca Momo. O importante é conscientizar os profissionais para a detecção precoce dos sinais de alerta a fim de evitar um desfecho desfavorável", finaliza Madalena Oliveira.