Qualificar profissionais de saúde que atuam no Sistema Prisional de Pernambuco de acordo com as diretrizes da Atenção Primária e da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) é a proposta da Oficina de Qualificação em Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional. A atualização, realizada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), teve seu primeiro módulo iniciado na última terça-feira (29.08). No encontro, realizado em Itamaracá, também foi apresentado o Guia de Gestão Estadual de Atenção à Saúde Prisional.

Pernambuco segue as diretrizes estabelecidas na PNAISP, publicada em 2014, e desde então realiza ações estruturadoras para a mudança da lógica do cuidado instituído nas unidades prisionais, com objetivo prioritário de qualificar o processo de trabalho desenvolvido e que este atenda aos objetivos e as diretrizes da Política Nacional. O Guia faz parte das estratégias de promoção e do fortalecimento da saúde no sistema prisional, além da implementação de políticas públicas compartilhadas com os diferentes setores que resultem em mobilização de gestores, profissionais de saúde, instituições de ensino e comunidade.

O processo de educação permanente em saúde atende enfermeiros e técnicos de enfermagem, médicos, cirurgiões-dentista, auxiliares de saúde bucal, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, educadores físicos, farmacêuticos, nutricionistas, além de coordenadores e supervisores das equipes de saúde prisional. Os profissionais de saúde atuam nas 22 unidades prisionais do Estado. No módulo I foi abordado como tema central o “Marcos Legais e Normativos: a saúde no contexto do Sistema Prisional”, com o relato da evolução histórica da saúde no sistema prisional e das políticas nacionais que norteiam a atenção básica e integral da saúde nesses espaços.

No decorrer das atividades, os profissionais irão trabalhar, além de aspectos do gerenciamento e programação de ações, o planejamento de intervenções visando uma atenção à saúde qualificada e humanizada. A proposta de formação está baseada em cinco módulos teóricos, e, no final das atividades, será promovida uma Mostra Estadual de Saúde no Sistema Prisional com compartilhamento de experiências e apresentação dos Projetos de Intervenção construídos ao longo das oficinas. A previsão para o encerramento é no segundo semestre de 2018.

“Precisamos construir um modelo de atenção à saúde voltado as necessidades da população privada de liberdade e de acordo com a realidade de cada unidade prisional”, afirmou a gestora geral de saúde prisional, Judith D’Andrada.