Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), na última década o aumento da obesidade foi de 60%, por isso o Dia Mundial da Alimentação (celebrado em 16 de outubro) esse ano promove uma reflexão sobre a relação das pessoas com a comida.

Aproveitando a ocasião, a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/Imip) traz esse alerta para o seu público, pois para uma melhor qualidade de vida é preciso que a população desenvolva uma nutrição mais consciente e hábitos alimentares saudáveis.

Para isso, primeiro é preciso entender a relação que vem sendo criada com a alimentação ao longo dos últimos anos. De acordo com uma notícia recente do portal Saúde Plena as dietas restritivas, que são cada vez mais comuns no dia a dia, são as mesmas responsáveis pelo seguinte questionamento: fazemos do alimento um aliado ou um inimigo?

A ciência da nutrição já passou por diversas fases. Ovos, pães, manteiga, leite e muitos outros alimentos já foram vistos como vilões da dieta. A comida virou tema científico, com quantidade, jeito certo de preparar e de consumir.

Então, buscar uma dieta saudável tem a ver com a relação que se tem com o alimento em si. Com tantas recomendações sobre o que deve ser ingerido, além das proibições, a informação que chega ao consumidor dificulta sua educação e autonomia no momento de definir o que pode ser incluído na rotina, e como isso deve ser feito - e isso vale principalmente para aqueles alimentos que proporcionam a sensação de prazer.

“Diante disso, de forma simples, é possível dizer que as pessoas devem ser informadas sobre os nutrientes dos alimentos, e não aterrorizadas. A informação deve ser clara e a decisão deve partir do consumidor. Não basta dizer 'coma isso', 'não chegue perto daquilo' ou taxar produtos para inibir seu consumo. A chave é, mais uma vez, a educação, junto do equilíbrio e bom senso. A proibição gera desejo e compulsão. Mais saciadas, as pessoas passam a comer menos e somente quando têm vontade”, revela a publicação Cozinha também é Sala de Aula.

De acordo com a nutricionista da UPAE/IMIP, Uilla Soares, a fórmula é aparentemente simples. “Coma bem e movimente-se para viver com saúde. Tenha uma alimentação variada, dê preferência aos alimentos frescos e in natura, beba bastante água, não passe longo tempo em jejum, o ideal são pequenas refeições de 3 em 3 horas, não faça grandes restrições, mas também não peque pelos excessos. Trabalhe sempre o equilíbrio do corpo, da mente e acima de tudo, tenha uma relação saudável com a comida”, orienta.