A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Miguel Arraes (CCIH/HMA/FGH) está envolvida, até o fim deste mês, em uma campanha para incentivar e aumentar a adesão da equipe médica ao protocolo de sepse da instituição. A iniciativa foi deflagrada no Dia Mundial de Combate à doença, lembrado nessa terça-feira, 13, e pretende tomar os principais corredores da unidade a partir de hoje (14).

Mais conhecida como infecção generalizada, a sepse é responsável por cerca de 30% da ocupação dos leitos de UTI em todo o Brasil. Por volta de 420 mil casos de sepse são registrados, por ano, no país e, apesar dos avanços terapêuticos, a mortalidade chega aos 55% nas unidades de tratamento intensivo. É considerada a principal causa de morte nas UTIs em todo o mundo, com 11 milhões de vítimas. 

Trata-se de uma infecção provocada por microorganismos, seja bactéria, fungo ou vírus, que acometem um ou vários órgãos do paciente. O organismo, por sua vez, provoca uma resposta com inflamação, numa tentativa de combater a infecção, e acaba por comprometer o funcionamento desses órgãos. Quando não tratada precocemente, a infecção pode resultar em choque séptico e falência múltipla dos órgãos.

Para atualizar as notificações sobre a doença e contribuir para que o tratamento seja mais rápido e eficaz, reduzindo, assim, o número de casos de sepse, a CCIH está distribuindo, a partir de hoje, cartazes por todo o HMA e dando início a um treinamento específico para a equipe médica. “Nosso objetivo é incentivar a abertura do protocolo de sepse entre os médicos, que são os principais responsáveis pelo acompanhamento do paciente na UTI. Com os informes nos quadros de avisos e o treinamento oferecido através de nossa plataforma digital será possível atingir mais facilmente a equipe, que vai poder colaborar conosco na descoberta de possíveis focos infecciosos e na sua prevenção”, destaca a enfermeira Sandra Assis, gerente de Controle de Infecção Hospitalar.