Com o slogan “Pode ser Tuberculose! Não negligencie”, a Secretaria Estadual de Saúde (SES/PE), realiza a Campanha Estadual de Combate à Tuberculose. A ação acontece entre os dias 21 e 25 de novembro, e contará com diversas atividades, como mobilização social, programações educativas, palestras e webpalestras para divulgar e orientar sobre os sinais e sintomas da doença. O intuito da mobilização é alertar a população que a tuberculose não é doença do passado, ela existe e tem cura.

"O intuito da campanha é alertar a população que a tuberculose existe, o tratamento é gratuito e tem cura. Com a pandemia da Covid-19 é necessário o diagnóstico diferencial, ficando em alerta aos sinais e sintomas da doença, considerando que são doenças respiratórias. Os profissionais de saúde e gestores do SUS precisam estar atentos para esse diagnóstico e tratamento oportuno", comenta  Viviany Oliveira,  Programa Estadual de Controle da Tuberculose

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a emergência da pandemia de Covid-19 reverteu anos de progresso no controle da tuberculose (TB), em 2021, a doença acometeu cerca de 9,9 milhões de pessoas no mundo, e 1,3 milhões de pessoas morreram. O Brasil aparece entre os 22 países com maior incidência da doença, sendo, portanto, considerado prioritário para o seu controle. No mesmo período, Pernambuco notificou 5.212 mil casos novos da doença (54,2 casos/100 mil hab.) e 323 óbitos (3,4 óbitos/100 mil hab.). De acordo com o Ministério da Saúde, cada paciente com tuberculose pulmonar que não se trata pode infectar, em média, 10 a 15 pessoas por ano.

Doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis conhecida como bacilo de Koch, a tuberculose ocorre geralmente nos pulmões, mas pode acometer outros órgãos. A doença é de transmissão aérea, ocorrendo a partir da inalação de aerossóis quando uma pessoa infectada fala, espirra e/ou tosse. Dentre os sinais e sintomas mais comuns da tuberculose estão: tosse por mais de três semanas, que pode ser acompanhada por febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga. O diagnóstico é feito usualmente na atenção primária por meio de investigação clínico-epidemiológica e exames bacteriológicos e o tratamento é realizado com medicações via oral ofertadas pelo SUS e dura, no mínimo, seis meses.

A principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), ofertada gratuitamente no SUS (nas unidades básicas de saúde e maternidades). Essa vacina protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea, e deve ser dada ao nascer, ou, no máximo, antes de completarem cinco anos de idade (até 04 anos, 11 meses e 29 dias).

Pessoas infectadas pelo M. tuberculosis que não apresentam tuberculose ativa são identificadas como portadores da Infecção Latente pelo M. tuberculoisis (ILTB). O tratamento da ILTB é uma importante estratégia para prevenção do adoecimento em populações com risco de desenvolver a doença, tais como contatos de casos de tuberculose pulmonar bacilífera, pessoas vivendo com HIV/Aids e demais situações com comprometimento da imunidade, nestes casos, é necessário procurar uma unidade de saúde para avaliação.

Pode ser Tuberculose! Não negligencie
Programação:

21 de novembro (9h) - Mobilização social sobre a Tuberculose na Unidade Prisional Bom Pastor;

21 a 25 de novembro (9h às 17h) - Mostra Cultural "Expressão da Tuberculose através das artes". Local: SES/PE

22 de novembro (10h) -  Palestra sobre Atualizações do Manejo Clínico da Tuberculose para os discentes da Escola Técnica Nossa Senhora da Saúde no município do Cabo Santo Agostinho. Endereço: Rua Plechs Fernandes, no 76.

23 de novembro (7h às 9h) - Ação de mobilização na Praça do Derby com distribuição de materiais informativos sobre Tuberculose “Pit Stop”

23 de novembro (14h) - Webpalestra: Tuberculose e HIV: a integração como caminho necessário ao cuidado que será transmitido pelo Youtube, no canal da ESPPE. Palestrante: Denise Arakaki (Médica Infectologista da Secretaria de Saúde do Estado do DF/ Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas (CGDR/DCCI/SVS/MS).

25 de novembro (9h) - I Café da Tuberculose: compartilhando experiência na XII GERES. Palestrante: Vanessa Carneiro Coordenadora do Programa de Tuberculose do município do Cabo Santo Agostinho.

A iniciativa da campanha é da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde do Estado de Pernambuco, por meio do Programa Estadual de Controle da Tuberculose em parceria com a Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas Escola de Governo em Saúde Pública de Pernambuco Coordenação Estadual de Atenção à Saúde no Sistema Prisional, Secretaria Executiva de Ressocialização, GERES/SES, Coordenações Municipais dos Programas da Tuberculose, SINTEPE e o Comitê Pernambucano de Mobilização Social para o Controle da Tuberculose.