O Setembro Verde, mês alusivo à doação de órgãos e tecidos, acabou, mas a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) continua levantando o tema para capacitar os profissionais da área e para que os pernambucanos tenham as informações necessárias para tomar essa decisão tão difícil e importante para salvar vidas. Nesta terça-feira (06.10), a partir das 16h30, ocorre a webpalestra "Doe órgãos, doe vida: a relevância do SUS para o processo de doação e transplantes", com a participação da coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes, e o coordenador da unidade de transplantes do Imip, Amaro Medeiros. A transmissão, aberta ao público, é pelo youtube da Escola de Governo em Saúde Pública de Pernambuco (ESPPE):  https://www.youtube.com/esppe.

No Estado, cerca de 95% dos transplantes são realizados no Sistema Único de Saúde (SUS), que também garante o acompanhamento pré e pós-operatório, além das medicações (imunossupressores). "O SUS garante toda a linha de cuidado para o paciente que precisa de um transplante e para garantir a qualidade de vida após o procedimento. Nós também temos toda uma logística para garantir que os órgãos possam vir de outros Estados ou do interior pernambucano com a segurança necessária para serem transplantados no Recife, além de, permanentemente, estar discutindo os protocolos e atualizando os profissionais", afirma a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes.

A coordenadora lembra que os programas de transplantes estão funcionando normalmente e que, mesmo no período mais crítico da pandemia da Covid-19, todos os procedimentos de urgência estavam sendo realizados. Entre janeiro e agosto, foram feitos 511 transplantes em Pernambuco. Foram 208 de córnea (500 em 2019 || diminuição de 58%), 129 de medula óssea (165 em 2019 || - 22%), 101 de rim (255 em 2019 ||- 60%), 47 de fígado (106 em 2019 (- 56%), 14 de coração (35 em 2019 || - 60%)e 1 de rim/pâncreas (6 em 2019 || - 83%), além de 11 de válvula cardíaca (15 em 2019 || - 27%).

Já a fila de espera conta com mais de 1,4 mil pacientes, sendo 1.160 aguardando um rim, 131 córnea, 130 fígado, 39 medula óssea, 16 rim/pâncreas e 13 coração. "É importante que, em vida, possamos informar aos nossos familiares sobre o desejo da doação, ajudando para que esse desejo, e direito, seja respeitado em um momento difícil e de extrema dor. Reforço que todo o processo, desde o diagnóstico de um potencial doador até o transplante em si, segue protocolos rígidos que garante a segurança para todos os envolvidos", frisa Noemy Gomes.