A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informa que recebeu, no início da tarde desta quinta-feira (05.12), nota do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) sobre a situação do bloco G3 do prédio do Hospital Getúlio Vargas (HGV), após relatos de estalo no prédio na última sexta-feira (29.11). Além de visita in-loco no serviço de saúde, o Crea analisou um histórico de pareceres técnicos emitidos por uma empresa contratada que faz o monitoramento da estrutura física do HGV e, com isso, o Conselho Regional de Engenharia afirma que não há indicativo de comprometimento da estabilidade nos blocos G1, G2 e G3 do Getúlio Vargas. A nota é assinada pelo presidente do Crea, Evandro de Alencar Carvalho, que teve auxílio de outros três professores e engenheiros civis na análise.

Também nesta quinta-feira (05.12), a Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) emitiu nova nota técnica relatando que, de acordo com o laudo realizado pela empresa especializada, não foram constatadas modificações no comportamento estrutural e ressaltando não haver evidências técnicas que demandem interdição de novas áreas do Hospital Getúlio Vargas, além das que já existiam antes do último evento ocorrido na sexta-feira (29.11). Ou seja, mantém em isolamento apenas os espaços já interditados anteriormente no Bloco G3 (refeitório, cozinha e CME).

A Secretaria e a direção do Getúlio Vargas ainda ressaltam que a empresa de engenharia que faz o monitoramento da unidade vem realizando medições rotineiras desde a última quinta-feira (28.11), dia antes do evento, e não verificou nenhuma mudança no comportamento do edifício, atestando a segurança da estrutura. Esse trabalho continuará sendo feito normalmente.

A SES-PE informa, ainda, que está trabalhando em um estudo de intervenção para resolver definitivamente os problemas de acomodação estrutural do Bloco G da unidade, cujo cronograma será apresentado nos próximos dias para as entidades profissionais. Enquanto isso, continuará monitorando permanentemente, por meio de contrato com empresa de engenharia especializada, a estrutura do prédio do HGV.

ASSISTÊNCIA - A direção do HGV e a SES-PE reforçam que desde a última sexta-feira estão trabalhando para organizar os fluxos assistenciais da unidade com o isolamento do bloco G3. Setores, como o laboratório, foram acomodados em outros espaços, e as salas de cirurgias estão sendo readequadas, além de plano para otimização dos horários para garantir os procedimentos necessários para os pacientes da unidade. Também houve remanejamentos de salas para que as consultas do ambulatório pudessem ser realizadas, o que possibilitou manter uma média de 400 atendimentos ambulatoriais por dia.

Em relação à emergência, houve uma redução de apenas 1/3 na entrada de pacientes nos últimos dias e espera-se que a partir de agora, com a readequação dos fluxos, o serviço volte a funcionar atendendo a demanda. Durante o período, a rede estadual de saúde deu toda a assistência necessária para acolher a demanda de pacientes.

Sobre a interdição ética do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE), anunciada na noite da última quarta-feira (04.12), a direção do HGV e a SES-PE esperam que, em posse dos novos laudos do Crea-PE e da Codecipe, os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem voltem aos seus postos de trabalho o mais breve possível. A SES também tem tomado as medidas administrativas e judiciais necessárias relacionadas à situação para garantir a assistência aos pacientes.

Por fim, a SES e a direção do HGV colocam-se à disposição dos funcionários do hospital, entidades de classe e órgãos de controle para prestar os devidos esclarecimentos.