Nesta sexta-feira (12/02), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou o balanço de atendimentos da rede realizados durante os cinco dias de Carnaval, nos 24 hospitais e 15 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), referências no atendimento aos foliões. As unidades realizaram um total de 49.751 atendimentos. Esse número reúne os casos atendidos das 19h da sexta-feira (05/02) até às 19h da quarta-feira de Cinzas (10/02) e representa um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado um total de 41.987 atendimentos.

“Esse é um aumento esperado, já que a rede já vinha observando, nos últimos meses, uma ampliação no número de atendimentos. Dentro do planejamento feito para o Carnaval, esse crescimento já havia sido levado em conta. Por isso, houve um grande investimento no reforço das escalas e nossa avaliação é que esse planejamento funcionou com êxito e a rede funcionou de forma ordenada, com equilíbrio na demanda entre as unidades e, o mais importante, garantindo o atendimento à população”, comentou o secretário estadual de Saúde, Iran Costa.

O maior aumento nos atendimentos foi registrado nos 12 hospitais da Região Metropolitana do Recife (RMR), que atenderam um total de 8.909, uma ampliação de 55% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 5.759 atendimentos. Já no Interior do Estado, o aumento foi de 22%. Em 2016, as 12 unidades ligadas à rede estadual realizaram 10.674 atendimentos, enquanto, em 2015, esse número chegou a 8.728.

Principal porta de entrada para a rede estadual de saúde, as Unidades de Pronto Atendimento, mais uma vez, lideraram o número de atendimentos no período de festas carnavalescas. As 15 UPAs estaduais, incluindo duas no Interior, foram responsáveis por 30.168 atendimentos, ou seja, mais de 60% do total da rede. Desse total, menos de 3% dos pacientes precisaram ser removidos para um serviço de maior complexidade, por se tratarem de ocorrências mais simples. Em 2015, as UPAs registraram 27.505 atendimentos.

Galo da Madrugada registra 496 ocorrências de saúde - Assim como nos últimos, o desfile do Galo da Madrugada teve suas ocorrências de saúde monitoradas em tempo real pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Ao todo, durante o sábado, foram registrados 496 atendimentos de saúde relacionados à festividade, sendo 484 envolvendo foliões e 12 pessoas que trabalhavam no evento.

As ocorrências foram notificadas das 7h às 22h por equipamentos portáteis (tablets) conectados ao software Ambiente de Monitoramento de Risco (Amber), em 12 pontos de monitoramento da saúde, sendo três Unidades de Pronto Atendimento (UPA) - Caxangá, Imbiribeira e Torrões, três hospitais do Estado - Otávio de Freitas, Getúlio Vargas e Restauração - e seis postos do SAMU.

Sobre os atendimentos dos foliões, as ocorrências foram mais frequentes no sexo feminino (59,68%) e a faixa etária mais afetada foi a de adultos jovens, entre 20 e 49 anos (63,71%). A maioria dos casos foi de pacientes do próprio Estado e apenas 27 ocorrências envolveram turistas (5,58%). De acordo com as informações coletadas, o uso excessivo de álcool foi a principal causa dos atendimentos (35,22%), seguido por mal estar decorrentes de outras causas (30,65%). Já em relação aos sintomas relatados, os mais comuns foram tontura (17,27%), náusea (10,20%), dor (9,73%), cefaleia (5,65%), vômito (4,87%) e hipertensão (4,87%).

MONITORAMENTO – Além das informações geradas sobre os 496 atendimentos aos foliões durante o desfile do Galo da Madrugada, o Amber também registrou outras 560 ocorrências nas mesmas unidades de saúde, que envolviam pacientes que não estavam em polo de festa, o que corresponde a 52,63%.

Lei Seca aumenta abordagens no carnaval - Com ações de fiscalização em todo o Estado, a Operação Lei Seca ampliou em 63% o número de veículos abordados durante o Carnaval 2016, comparativamente com o mesmo período de 2015. Da 0h da sexta (05/02) até a madrugada da quarta-feira (10/02), as blitze abordaram 15.026 veículos (em 2015 foram 9.211).

Desse total, 161 veículos foram rebocados (em 2015 foram 64 – aumento de 151%). Também houve um crescimento de 65% no número de CNHs recolhidas: foram 195 neste ano, contra 118 em 2015. Dos condutores abordados, 115 se recusaram a fazer o teste do bafômetro, um aumento de 116% em relação a 2015, quando foram notificadas 53 recusas. Nos 15.032 testes de alcoolemia realizados, foi constatado que 70 pessoas beberam após dirigir.

Dessas, cinco cometeram crime. Em 2015, foram 59 constatações, sendo 7 crimes. Os motoristas autuados por alcoolemia sofrem punições administrativas, que preveem multa gravíssima com a perda de 7 pontos na carteira, recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e aplicação de multa no valor de R$ 1.915,40. Aqueles que cometeram crime de trânsito, além dessas sanções, foram conduzidos para a delegacia de polícia e autuados por crime de trânsito.

OUVIDORIA – A Ouvidoria da Secretaria Estadual de Saúde (0800.286.28.28) registrou 274 atendimentos durante o Carnaval 2016. As principais demandas foram relacionadas a duvidas sobre doenças e medicações, além de pedidos de endereços e telefones de serviços de saúde. O que chama a atenção negativamente no relatório produzido pelo serviço de Ouvidoria da SES é o número de trotes, que representou 15% do total de telefonemas.

O órgão lembra que este tipo de ligação é um crime contra o patrimônio público e pode resultar em detenção ou multa para o infrator, de acordo com o Código Penal brasileiro. Além disso, os infratores precisam ficar cientes que estão prejudicando um serviço de utilidade pública que precisa de agilidade para atender à população.