A Secretaria Estadual de Saúde (SES), por meio do Núcleo Estadual de Telessaúde de Pernambuco, em parceria com o Departamento de Fonoaudiologia, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), inicia nesta quinta-feira (25.10) o projeto Telefonoaudiologia. O objetivo é ofertar videoconferências temáticas na área de saúde para os profissionais que atuam nos hospitais da rede estadual. A intenção é que o projeto possa contribuir para o manejo adequado dos pacientes alocados no ambiente hospitalar, fortalecer processos de trabalho dos profissionais na perspectiva da interdisciplinaridade, além de consolidar um espaço para produção de conhecimento e aprimoramento do cuidado integral. 
 
O público alvo do projeto são fonoaudiólogos que atuam nos seguimentos ambulatoriais, enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulto, pediátrica e neonatal dos hospitais Barão de Lucena, Agamenon Magalhães, Restauração e Getúlio Vargas, todos na Região Metropolitana do Recife (RMR). A expectativa é que, inicialmente, 55 profissionais participem da iniciativa. "Com este projeto, damos início ao processo de integração do Núcleo de Telessaúde com as unidades da Rede Universitária de Telemedicina (Rute) localizados nos hospitais da rede estadual. Esta aproximação possibilitará a condução de projetos, o desenvolvimento de atividades, ações educativas no âmbito hospitalar e no fomento ao uso desta ferramenta tão importante nas áreas de inovação, gestão e assistência", comenta a diretora do Núcleo de Telessaúde da SES, Dulcineide Oliveira.
 
A primeira sessão de videoconferência do Projeto Telefonoaudiologia ocorre nesta quinta-feira (25.10), às 13h, na sala da Telessaúde da SES, no bairro do Bongi, e será transmitida em tempo real e simultaneamente para as quatro unidades estaduais. No dia das videoconferências haverá um representante do projeto em cada unidade hospitalar para auxiliar na dinâmica das videoconferências. As próximas sessões ocorrem nos dias 22 e 29 de novembro; e 6 de dezembro. Entre os temas que serão abordados pelos especialistas estão disfagia infantil, disfagia adulto e deficiência auditiva.
 
Não há necessidade de inscrição prévia dos profissionais, as vagas são limitadas de acordo com a capacidade de alocação das salas de telemedicina de cada hospital. Todas as videoconferências terão duração média de uma hora e serão certificadas. "A proposta corresponde a um projeto de extensão aprovado pela UFPE em parceria com o Telessaúde de Pernambuco e desenvolvido por docentes da universidade, profissionais de saúde parceiros de outras instituições e discentes dos cursos de fonoaudiologia e ciências biológicas", comenta a coordenadora de Teleassistência do Núcleo de Telessaúde da SES, Tatiana Santana.
 
DISFAGIA - A disfagia é uma doença caracterizada pela dificuldade de engolir, ou seja, fazer a deglutição de alimentos ou de líquidos. É um problema comum e que pode estar em diversas doenças,  como AVC, enfermidades do sistema nervoso (Demências, Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica), lesão medular, tumor cerebral, refluxo gastroesofágico, entre outros. Estima-se que 6 a cada 10 pessoas são afetadas com o problema, principalmente pessoas idosas. Dependendo da doença que causou a disfagia, ela pode ser transitória ou permanente. O tratamento da disfagia é interdisciplinar e vai desde o tratamento da doença-causa até o reaprendizado do engolir com o fonoaudiólogo. Esse manejo inclui o ajuste da dieta com intervenção do nutricionista e o treinamento de cuidadores pela equipe de enfermagem.