Nos próximos quatro anos de governo, o sexo masculino e os moradores dos assentamentos indígenas e da zona rural terão um acompanhamento especial por parte da Secretaria Estadual de Saúde (SES). As novas unidades Saúde do Homem e Saúde Afro-indígena pretendem olhar, com cautela, para um público específico que ainda não estava no foco das discussões sobre políticas de saúde.

As duas idéias já estão sendo abordadas durante a oficina Construindo a Política de Saúde, desenvolvida pela Gerência Geral de Acompanhamento e Desenvolvimento de Políticas de Saúde. O evento, realizado no auditório da SES, serviu como um suporte para troca de informações sobre setores da Secretaria de Saúde de Pernambuco.

“Em meio aos crescentes casos de câncer de pênis e próstata, a Saúde do homem é de importância fundamental”, afirmou o gestor da unidade, Germano Sá Barreto, que apresentou na última sexta-feira (26/01) na oficina. A segunda maior causa de óbitos por câncer em homens no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o de Próstata e, de acordo com o mesmo instituto, o câncer de pênis supera os casos de próstata e bexiga nas regiões de maior incidência como o Nordeste.

Além da unidade ligada ao sexo masculino, a SES pretende dar continuidade à instalação da Saúde Afro-indígena. A gerência deverá traçar um plano para dar apoio a Funasa (órgão do Ministério da Saúde que trabalha com tribos indígenas). “Neste público, talvez estejam os piores indicadores em termos de saúde”, explicou a gerente de Acompanhamento e Desenvolvimento de Políticas de Saúde, Ana Elizabeth Molina.

Oficina – Na quinta-feira (25/01), também foram abordados, na oficina Construindo a Política de Saúde, indicadores, prioridades, programas, ações centrais e financiamentos dos projetos das gerências de Saúde da Mulher, Programa DST/Aids, Saúde Mental e Saúde Afro-Indígena. Na sexta-feira (26/01), foram explanados os detalhes das gerências de Doenças Crônicas e Degenerativas, Saúde do Idoso, Saúde do Homem e Saúde do Trabalhador.

O objetivo do evento, realizado no auditório da SES, é analisar e discutir a situação das 12 áreas subordinadas à Gerência Geral de Acompanhamento e Desenvolvimento de Políticas de Saúde. “O encontro está sendo bem oportuno para que todos os técnicos e gerentes percebam como os outros estão trabalhando, sentindo-se, assim, parte de um todo, e não de algo isolado”, concluiu a gerente Ana Elizabeth Molina.