O que é: 

 

A Aids é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Duas formas existentes destes vírus são de conhecimento em todo o mundo, o HIV-1, de maior circulação mundial (inclusive no Brasil), e o HIV-2, mais comumente encontrado no continente africano. A infecção pelo HIV pode ocorrer através do contato sexual (pelo esperma e secreção vaginal); pelo sangue contaminado (incluído nesta via o acidente ocupacional e o compartilhamento de seringas por usuários de drogas injetáveis); pela forma vertical (da mãe para seu bebê) na gestação e/ou parto, ou ainda, pela amamentação, onde a cada mamada, o bebê possui um risco de 7 a 22% de contrair o HIV (nesta via de transmissão inclui-se o aleitamento cruzado, ou seja, aquele fornecido por mães de leite infectadas pelo HIV).

 

Após se infectar pelo HIV, o organismo humano pode diminuir suas principais células de defesa (T-CD4) a níveis muito baixos, deixando os indivíduos que não realizam tratamento com antirretrovirais mais vulneráveis ao adoecimento, principalmente por doenças oportunistas, ou seja, que surgem devido à diminuição destas células. O conjunto de sinais e sintomas provenientes das referidas doenças oportunistas ou uma quantidade inferior a 25% das células T-CD4 presentes no corpo humano caracterizam a aids. Por esse motivo, é muito importante acompanhar rotineiramente nos Serviços de Assistência Especializada ao HIV/Aids (SAE) a quantidade de T-CD4 nos indivíduos infectados.

 

Sinais e Sintomas

 

As manifestações clínicas após infecção com o vírus do HIV dividem-se em quatro fases:

 

 
-Infecção aguda: semelhante a um quadro de gripe ou mesmo de mononucleose com febre, adenopatia (aumento de gânglios linfáticos), faringite, mialgia (dor muscular), entre outros sintomas;
 
-Fase assintomática (sem sintomas): que pode durar meses ou anos;
 
-Fase sintomática inicial: sinais e sintomas específicos cuja intensidade é variável, apresentando doenças oportunistas de menor gravidade, como a candidíase oral (sapinho), além de outros sintomas com duração superior a um mês sem causa identificada, como a diarreia, febre, entre outros sintomas;
 
-Aids: imunodepressão agravada (o indivíduo tem poucas células de defesa no organismo, ou mesmo nenhuma), podendo apresentar doenças oportunistas que em indivíduos com células de defesas em níveis normais não ocorreriam.
 
Medidas de Prevenção e Controle
 
 
 
Muitos indivíduos podem estar infectados pelo HIV sem saber, pois os sintomas nem sempre aparecem no início da infecção, ou ainda podem ser confundidos com os da gripe. Por isso, é muito importante manter relações sexuais protegidas com a camisinha. O compartilhamento de seringas ou qualquer outro objeto para consumir drogas também devem ser evitados, assim como o compartilhamento de objetos de uso pessoal (barbeador, alicate de unhas, entre outros), pois podem provocar ferimento, aumentando o risco de contaminação pelo HIV e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).
 
 
Para a utilização de sangue e seus derivados, ou ainda transplante de órgãos, é necessária a realização de exames para detecção do HIV e triagem das pessoas doadoras que não estejam em janela imunológica (período em que os exames não conseguem visualizar a presença do HIV no sangue, dura em média 30 dias após infecção), ou seja, não estiveram em alguma situação que pudesse adquirir o HIV.
 
 
Todo individuo que já se expôs ao risco de contrair o HIV, assim como todas as gestantes devem procurar o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) mais próximo de sua residência para receber orientações e realizar exames, tanto de detecção do HIV quanto para outras DSTs (Sífilis e Hepatites B e C). Desta forma, podem ter seu diagnóstico em tempo hábil visando seu tratamento, controle e, acima de tudo, melhor qualidade de vida.
 
Mais informações acesse: https://goo.gl/9PsbG1