Oficina sobre vírus HTLV é promovida em Pernambuco

Iniciativa reúne profissionais de saúde e sociedade civil e tem como tema central “Saindo da invisibilidade”

Nesta quarta e quinta-feira (30 e 31/10), a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz/PE), realiza a Oficina Estadual sobre o Vírus Linfotrópico de Células T Humana (HTLV), voltada para profissionais de saúde, gestores e a sociedade civil. Com o tema “Saindo da invisibilidade”, a atividade tem o objetivo de sensibilizar sobre o diagnóstico da doença e o fluxo de assistência a pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Pernambuco.

Entre os temas abordados, durante a manhã desta quarta-feira (30/10), tiveram apresentações quanto a compreensão do HTLV, a prevenção, o diagnóstico e a transmissão vertical, pela pesquisadora Clarice Neuenschwander (Fiocruz); o cenário nacional e as políticas públicas direcionadas ao HTLV, com Mayra Aragón (Ministério da Saúde); o cenário estadual, com a gerente estadual de HIV/Aids/IST, Grazielle Vasconcelos (SES-PE); e a atuação da Rede de Atenção Primária na prevenção e linha de cuidado, ministrada pelo diretor de Atenção Primária de Saúde da SES-PE, Leandro Lima.

 “As oficinas são importantes para a gente estar construindo o enfrentamento, pensando a partir desses encontros, e a linha de cuidado do HTLV. Então, esses momentos oportunizam que o Estado esteja junto, entendendo as demandas da sociedade civil, dos profissionais de saúde, para que a gente consiga construir a assistência adequada para os usuários”, explica a gerente do Programa Estadual de IST, Aids e Hepatites Virais da SES-PE, Grazielle Vasconcelos, que apresentou uma palestra sobre o cenário estadual.

Outras temáticas foram abordadas ao longo da programação, incluindo a atuação da saúde da mulher do Estado na prevenção e linha de cuidado de HTLV, a rede laboratorial como componente da linha de cuidado de prevenção, a atuação da equipe de saúde da criança estadual, além da explanação “HTLVida: Uma história de conquistas e desafios”, pela ONG HTLVida, de Salvador (BA). A oficina ainda contou com o relato de um paciente pernambucano que vive com o vírus e o painel de encerramento com o tema “Como podemos contribuir para visibilizar o HTLV em nossas agendas?”, conduzida por membros de organizações da sociedade civil.

“É uma das nossas prioridades dar visibilidade ao HTLV, visto que o número de casos é muito alto no Brasil, e a gente precisa construir políticas para o enfrentamento a esse vírus. A gente vem realizando essa oficina em várias capitais do Brasil. Então é importante que a gente possa reunir gestores, sociedade civil e profissionais de saúde para que a gente possa tirar da invisibilidade e a sociedade possa conhecer. Na oficina, os participantes têm a visão epidemiológica, mas a visão também sobre o vírus, o que é, como se previne, quais as causas, e a diferença também para que as pessoas entendam que o HTLV não é o HIV”, pontuou o assessor da Diretoria do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose e outras IST’s do Ministério da Saúde, Jair Brandão.

Nesta quinta-feira (31/10), o evento será direcionado para os diálogos continuados com a população em geral, entidades e a ONG Gestos, ocorrendo no auditório do Instituto Aggeu Magalhães, no Recife.

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