O que é: 

 

É uma doença infecciosa aguda, de transmissão respiratória, cuja susceptibilidade é universal. A imunidade adquirida pela doença é duradoura, mas não permanente, e a conferida pela vacinação (mínimo de três doses) é temporária (por 05 a 10 anos após a última dose). Assim, crianças maiores e adultos podem adoecer e transmitir a doença para crianças menores de 01 ano, que desenvolvem forma mais grave e óbito.

 

Sinais e Sintomas

 

Os sintomas apresentam-se em três fases sucessivas:

  1. Fase Catarral: Dura de 1 a 2 semanas. Inicia com manifestações respiratórias e sintomas leves (febre pouco intensa, mal estar geral, coriza e tosse seca) seguido pela instalação gradual de surtos de tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que possam ocorrer as crises de tosses paroxísticas;
  2. Fase Paroxística: Geralmente afebril ou com febre baixa. Em alguns casos ocorrem vários picos de febre no decorrer do dia. Apresenta como manifestações típicas os paroxismos de tosse seca (crises de tosse súbita e incontrolável, rápida e curta). Durante esses acessos, o paciente não consegue inspirar, apresenta protusão de língua, congestão facial e, eventualmente, cianose que pode ser seguida de apneia e vômito. A seguir ocorre uma inspiração profunda por meio da glote estreitada (som de “guincho”). Dura de 2 a 6 semanas.
  3. Fase de Convalescença: Os paroxismos de tosse desaparecem e dão lugar a episódios de tosse comum. Dura de 2 a 6 semanas e, em alguns casos, pode se prolongar até 3 meses.
  4.  

Medidas de Prevenção e Controle

 

  • Imunização

A medida de controle da coqueluche é a vacinação dos suscetíveis que deve ser aplicada mesmo em crianças cujos responsáveis referem história da doença. Segundo o Calendário Nacional de Imunização, a DTP (tríplice bacteriana) ou DTPa (tríplice acelular) é recomendada até os 6 anos, enquanto que a  vacina combinada Pentavalente (DTP+HIB+HB) é preconizada para os menores de 1 ano. Considera-se uma pessoa adequadamente vacinada a que recebeu 3 doses de vacina DTP ou Pentavalente, a partir dos 2 meses de vida, com intervalo de 2 meses, e com o 1º reforço (DTP) aplicado aos 15 meses e o 2º reforço aos 4 anos.

 

A vacinação seletiva (vacinação de bloqueio) da população suscetível é recomendada em casos isolados ou surtos, visando aumentar a cobertura vacinal na área de ocorrência dos casos.

 

  • Medidas gerais para pacientes hospitalizados
  •  

- Recomenda-se isolamento (período de transmissibilidade), a fim de reduzir o risco de transmissão para outras crianças expostas. Quando não for possível o isolamento, o paciente poderá ficar em quarto privativo com a porta fechada, podendo haver compartilhamento com mais de um paciente com o mesmo diagnóstico;

- Uso de máscara comum para todos os que entram no quarto;

- Lavagem das mãos antes e após o contato com o paciente e com materiais utilizados por ele e após a retirada de luvas e máscaras;

- Transportar ao mínimo o paciente e quando realizado, o mesmo deverá usar máscara comum;

- Recomenda-se desinfecção com hipoclorito de sódio a 1% dos objetos contaminados com secreções nasofaríngeas. Após a desinfecção, os objetos devem ser enxaguados em água corrente. Objetos de metal podem ser desinfetados com álcool etílico a 70%.

 

Obs. Os pacientes não hospitalizados devem ser afastados de suas atividades habituais, pelo menos por 5 dias após início do tratamento com antimicrobiano. Nos casos não submetidos à antibioticoterapia, o tempo de afastamento deve ser de 3 semanas após o início dos paroxismos.

 

  • Vigilância Epidemiológica

Deverá ser realizado controle dos comunicantes, pesquisa de novos casos, quimioprofilaxia e educação em saúde.