O que é: 

 

Doença infecciosa febril aguda cauda por vírus pertencente ao gênero Flavivirus, família Flaviviridae, e transmitida por insetos Haemagogus ou Aedes aegypti no caso da Febre Amarela Silvestre e Febre Amarela Urbana, respectivamente. O ciclo do vírus em  áreas silvestres é mantido através da infecção de macacos e da transmissão transovariana  no próprio mosquito. A infecção humana ocorre quando uma pessoa não imunizada entra em áreas de cerrado ou de florestas. Uma vez infectada, a pessoa pode, ao retornar à área urbana, servir como fonte de infecção para o Aedes aegypti, podendo iniciar a transmissão da febre amarela na área. Uma pessoa pode ser fonte de infecção para o mosquito desde imediatamente antes de surgirem os sintomas até o quinto dia da infecção. O A. aegypti torna-se capaz de transmitir o vírus da febre amarela 9 a 12 dias após ter picado uma pessoa infectada.

 

Sinais e Sintomas

 

Febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (gengivas, nariz, estômago, intestino e urina). A febre amarela tem um espectro clínico muito amplo, podendo apresentar desde infecções assintomáticas e oligossintomáticas até quadros exuberantes com evolução para a morte, nos quais está presente a tríade clássica que caracteriza a falência hepática da febre amarela: icterícia, albuminúria e hemorragias. O número de casos das formas leves e moderadas representa 90% de todos os casos da infecção. Já, as formas graves são responsáveis por quase a totalidade dos casos hospitalizados e fatais, representando 5 a 10% do número total de casos.

 

Prevenção e Controle

 

A única forma de evitar a febre amarela é a vacinação. A vacina é gratuita e está disponível nos Postos de Saúde de Recife, Olinda, Jaboatão e Posto do Aeroporto Internacional do Recife / Guararapes-Gilberto Freyre, apenas aos viajantes para área de risco. A vacinação deve ser realizada, pelo menos, dez dias antes da viagem para garantir a proteção. A dose é válida por dez anos.

 

A vacinação é a mais importante medida de controle. Além disso, é fundamental a notificação imediata de casos humanos, casos de epizootias (principalmente morte de primatas não humanos) e de achado do vírus em vetor silvestre. Deve ser realizada a vigilância sanitária de portos, aeroportos e passagens de fronteira, com a exigência do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia válido para a Febre Amarela apenas para viajantes internacionais procedentes de áreas de ocorrência da doença, que apresente risco de disseminação internacional, segundo o Regulamento Sanitário Internacional (2005), com vigência a partir de 2007.

 

Além das medidas de vigilância, o controle do A. aegypti deve ser realizado para eliminação do risco de reurbanização da febre amarela, assim como, ações de educação em saúde.

 Febre Amarela 2018 - PARTE 1
 Febre Amarela 2018 - PARTE 2