O que é: 

 

A filariose linfatica (FL), filaríase ou elefantíase é uma doença parasitária crônica, causada pelo nematóide (verme cilíndrico) Wuchereria bancrofti, também conhecido como filária. Os vermes adultos causam lesões nos vasos linfáticos, onde se desenvolvem, levando acúmulo do fluido linfático, que causa edema (inchaço), mais frequente em braços e pernas.

 

A filariose não é transmitida de pessoa para pessoa. Sua transmissão se dá pela picada da fêmea do mosquito Culex quinquefasciatus (pernilongo ou muriçoca) infectado com larvas do parasita. O ciclo da transmissão ocorre quando um inseto transmissor pica a pessoa infectada com as microfilárias e as transmite a outra pessoa sadia. Após a penetração na pele, através da picada do mosquito, as larvas infectantes migram para a região dos linfonodos (gânglios), onde se desenvolvem até a fase adulta. Havendo o desenvolvimento de parasitos dos sexos masculinos e feminino, deverá haver a reprodução deles com eliminação de grande número de microfilárias para a corrente sangüínea, fato que propiciará a infecção de novos mosquitos, iniciando-se um novo ciclo de transmissão.

 

Sinais e Sintomas

 

As manifestações clínicas da doença dependem do desenvolvimento do parasita no organismo e também do local onde se alojam os vermes adultos. Alguns indivíduos podem não desenvolver sintomas, enquanto outros podem apresentar, no período agudo, febre recorrente aguda, astenia (fraqueza), mialgias (dores musculares), fotofobia, urticária, dores de cabeça, linfadenite (inflamação dos gânglios linfáticos) e linfangite (inflamação dos vasos linfáticos). A evolução da filariose é lenta. Seus sinais e sintomas são decorrentes principalmente da dilatação do vaso linfático, muitas vezes complicada por infecções secundárias. 

 

Nos casos mais graves de filariose os indivíduos podem apresentar elefantíase, onde há fibrose (endurecimento e espessamento) e hipertrofia (inchaço exagerado) das áreas com edemas linfáticos, provocando deformações em membros (inferior e superior), testículos e mamas. 

 

Na suspeita de filariose, é preciso procurar a secretaria de Saúde do município para saber o local mais próxima da sua residência para fazer o exame (fura-dedo). 

 

 

Medidas de Prevenção

 

É importante a população adotar medidas de higiene, evitar acúmulo de lixo e águas paradas para diminuir a proliferação do mosquito transmissor. Além dessa medida, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que nas áreas endêmicas, com prevalência superior a 1%, seja adotada a estratégia de tratamento coletivo respeitando as indicações relacionadas à idade e estado clínico do indivíduo. Salienta-se que a pessoa não precisa estar doente para realizar o tratamento coletivo.