O que é: 

 

É uma doença exantemática aguda, causada pelo vírus do gênero Rubivírus, que apresenta alta contagiosidade, acometendo principalmente crianças. Doença de curso benigno, sua importância epidemiológica está relacionada ao risco de abortos, natimortos, e malformações congênitas, como cardiopatias, catarata e surdez. É denominada síndrome da rubéola congênita (SRC), quando a infecção ocorre durante a gestação.

 

Sua transmissão ocorre através de contato com as secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas. A transmissão indireta, mesmo sendo pouco frequente, ocorre mediante contato com objetos contaminados com secreções nasofaringeanas, sangue e urina. O período de incubação varia de 14 a 21 dias, durando em média 17 dias. A transmissibilidade se dá aproximadamente, de 5 a 7 dias antes do início do exantema até 5 a 7 dias após.

 

Os últimos casos confirmados de rubéola em Pernambuco ocorreram em 2008, entretanto, o risco da doença para indivíduos suscetíveis permanece, em função da circulação do vírus do sarampo em várias regiões do mundo, e da facilidade em viajar por esses lugares. Portanto, todo caso suspeito deve ser imediatamente notificado às Secretarias Estaduais e Municipais e adequadamente investigado.

 

Entende-se como caso suspeito “todo paciente que apresente febre e exantema máculo-papular, acompanhado de linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical, independente da idade e situação vacinal. Ou todo indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior”.

 

Sinais e Sintomas

O quadro clínico é caracterizado por exantema máculo-papular e puntiforme difuso, iniciando-se na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente para o tronco e membros. Além disso, apresenta febre baixa e linfadenopatia retro-auricular, occipital e cervical posterior, geralmente antecedendo ao exantema no período de 5 a 10 dias, podendo perdurar por algumas semanas. Formas inaparentes são frequentes, principalmente em crianças.

 

Apesar de raras, complicações podem ocorrer com maior frequência em adultos, destacando-se: artrite ou artralgia, encefalites (1 para 5 mil casos) e manifestações hemorrágicas (1 para 3 mil casos).

 

Medidas de Prevenção e Controle

 

A vacina é a única forma de prevenir a ocorrência da rubéola na população. A imunidade ativa é adquirida através da infecção natural ou por vacinação, permanecendo por quase toda a vida. Os filhos de mães imunes podem apresentar imunidade passiva e transitória durante 6 a 9 meses. A vacinação de rotina é a atividade realizada de forma contínua na rede de serviços de saúde, em todo o território nacional. O objetivo é vacinar todas as crianças aos 12 meses, a fim de manter alta a imunidade de grupo.  Para todos os adolescentes menores de 20 anos, estão asseguradas duas doses da vacina tríplice viral. Para homens e mulheres até 39 anos, está assegurada 1 dose da vacina tríplice ou dupla (sarampo e rubéola) viral, conforme consta no Calendário Nacional de Vacinação.

 

Por ocasião das campanhas de multivacinação, que ocorrem duas vezes ao ano, são vacinadas as crianças de 12 meses até menores de 12 anos de idade que não foram atingidos pelas atividades de rotina e campanhas de seguimento. Há ainda o trabalho de educação em saúde, onde a doença e importância da vacinação são abordadas nas escolas e vacinação de contatos em caso se surtos.