Com a chegada do período de sazonalidade dos vírus respiratórios em Pernambuco — que vai de março a agosto —, aumenta a preocupação com a saúde das crianças, especialmente as menores de dois anos. Esta época do ano é marcada pelo crescimento dos casos de doenças como gripes, resfriados, bronquiolite e outras infecções respiratórias, que podem evoluir de forma mais grave nos pequenos. Diante disso, é fundamental que pais e responsáveis redobrem os cuidados e sigam orientações preventivas.
De acordo com a médica pediatra e gerente de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente de Pernambuco, Mayara Dias, manter a vacinação em dia é uma das principais medidas de proteção. “Vacinas como a da gripe (influenza), Covid-19 e outras previstas no calendário infantil são essenciais para reduzir o risco de complicações e hospitalizações”, alerta.
A especialista também reforça a importância do aleitamento materno, especialmente nos primeiros meses de vida. “O leite materno tem anticorpos que ajudam a proteger os bebês de infecções, inclusive as respiratórias”
Mayara Dias ainda destaca a necessidade de evitar locais fechados e com pouca ventilação, especialmente para crianças com menos de seis meses. “Ambientes com aglomeração devem ser evitados. Sempre que possível, priorize espaços abertos e bem ventilados. Também é importante o bom senso em relação à frequência escolar. Crianças que apresentem sintomas respiratórios, como tosse, febre ou coriza, não devem ser enviadas à escola ou à creche. Essa medida protege não só a criança doente, mas também seus colegas e professores”, orienta.
Enfrentamento – Para monitorar e enfrentar o período de sazonalidade dos vírus respiratórios, SES-PE realiza reuniões semanais com o Grupo de Acompanhamento do Plano de Contingência da Sazonalidade dos Vírus Respiratórios na Pediatria. Durante o encontro realizado nesta quarta-feira (24/04), foi apresentado um aumento significativo no número de atendimentos realizados por meio da Teleinterconsulta. No total, já foram realizadas mais de 416 consultas remotas com médicos da Central de Regulação do Estado. A estratégia tem contribuído para um melhor direcionamento dos casos, além de fortalecer a discussão clínica para o diagnóstico e manejo adequado de crianças com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).