Iniciativa do Proadi-SUS e Anvisa busca combater resistência microbiana e qualificar o cuidado nos hospitais do SUS
O Hospital Maria Lucinda foi um dos cinco hospitais de Pernambuco selecionados para participar do Programa de Gerenciamento de Antimicrobianos em Hospitais do SUS (PeGASUS), uma iniciativa nacional conduzida pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e apoio do Ministério da Saúde, CONASS e CONASEMS. Ao todo, 54 unidades de saúde em todo o país foram escolhidas com base em critérios técnicos de elegibilidade.
A proposta do programa é fortalecer a implementação de práticas para o uso racional de antimicrobianos no Sistema Único de Saúde, combatendo a crescente resistência microbiana e promovendo melhorias diretas na segurança do paciente, nos tempos de internação e nos custos hospitalares. A iniciativa faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS).
Representando o Hospital Maria Lucinda, a infectologista e presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Monica Pita, e a enfermeira da CCIH Juliana Oliveira participaram do I Simpósio de Gerenciamento de Antimicrobianos dos Hospitais do SUS, realizado no dia 26 de março, em São Paulo, no auditório do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Para a médica, o envolvimento do Hospital Maria Lucinda no PeGASUS é um passo essencial para elevar a qualidade da assistência prestada. “A resistência bacteriana é um dos maiores desafios da saúde pública mundial. Ao aderirmos ao programa, estamos reafirmando nosso compromisso com a segurança do paciente, a eficácia dos tratamentos e a sustentabilidade do sistema. A gestão adequada dos antimicrobianos não só previne infecções por microrganismos multirresistentes, como também reduz internações prolongadas e custos hospitalares, impactando diretamente na qualidade do serviço oferecido à população”, afirma Pita.
O PeGASUS teve início em outubro de 2024, terá duração de 21 meses e inclui ações como capacitação técnica, sensibilização de gestores e profissionais da saúde, além do acompanhamento contínuo das estratégias implantadas. Os resultados do estudo deverão demonstrar o impacto positivo da aplicação sistemática dos Programas de Gerenciamento de Antimicrobianos (PGAs) na rotina hospitalar e no enfrentamento da resistência antimicrobiana no Brasil.
