Em mais uma atividade de grupo, o Serviço Social do Hospital Miguel Arraes (HMA) promoveu na última quinta-feira (17) uma palestra para lembrar os 11 anos de existência da Lei Maria da Penha. A conversa foi conduzida pela coordenadora do Serviço Social, Lucianna Rocha, e pela assistente social Rayanne Cardona e foi direcionada para acompanhantes de pacientes internados na unidade, na recepção da Clínica de Ortopedia. 

 

A Lei nº 11.340 leva o nome da farmacêutica cearense Maria da Penha, vítima do próprio marido, que ficou paraplégica após as agressões. Atualmente, Maria da Penha é uma das principais ativistas na luta pelo fim da violência contra a mulher. 

 

De acordo com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do Ministério da Justiça e Cidadania, 503 mulheres foram vítimas de agressão física, A CADA HORA, no ano passado: foram 1.133.345 registros pela Central de Atendimento à Mulher, acionada pelo telefone 180. Somente no primeiro semestre de 2017, o Ligue 180 já recebeu mais de 560 mil ligações. A cada dia, cerca de 13 mulheres são assassinadas no Brasil. 

 

“Esses números chocam, e por isso é necessário alertar as mulheres sobre os direitos que elas têm de denunciar, de procurar ajuda”, explica Lucianna Rocha. Para isso, houve orientação, na palestra, sobre os serviços de proteção e apoio à mulher vítima de violência, delegacias, defensorias e juizados especializados no assunto. A discussão também girou em torno da cultura do machismo e suas facetas.

 

Houve grande participação dos usuários, inclusive do público masculino, que defendeu a importância da lei. Ao final da palestra houve distribuição de material informativo.