Na próxima segunda (02/12), o Conselho Estadual de Saúde de Pernambuco (CES/PE) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES/PE) promovem, às 7h, o Ato “Um abraço Não pega AIDS”, na estação de metrô do Recife, área central da cidade. O ato busca sensibilizar e esclarecer a sociedade que viver com pessoas diagnosticadas com o vírus HIV/AIDS não representa riscos à saúde, uma vez que não há contágio em ações como beijar, abraçar, dar carinho ou compartilhar o mesmo espaço físico. É devido à falta de informação que a ação reforça o compromisso em conscientizar a população sobre as formas de prevenção e transmissão, tratamento e redução do preconceito.

O ato faz alusão ao Dia Mundial de Luta contra a AIDS, que é celebrado no dia 1º de dezembro, e contará com atividades de promoção da saúde sexual e a prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), entre elas o HIV/Aids, com a distribuição de preservativos, orientações de saúde, testagem para HIV, aferição de pressão arterial e glicose. Além disso, contará com performances artísticas e práticas educativas. 

Participarão do Ato estudantes de medicina da Universidade de Pernambuco (UPE) que fazem parte do Projeto Abraçaids, Bloco da Diversidade, Fabrica Fazendo Arte, Equipe de Teatro do Consultório de Rua, Rede Nacional de Pessoas Vivendo com AIDS/ Núcleo Pernambuco (RNP+/PE), Grupo de Trabalhos Posithivo (GTP+ -), e o Centro de Referência em Cidadania LGBT – Recife. A mobilização também contará com a participação e envolvimento de profissionais e usuários (as) de saúde, conselhos de saúde, entidades acadêmicas e profissionais de saúde, entre outros movimentos sociais e populares.

De acordo com o Conselheiro Estadual de Saúde (segmento usuário do SUS pela Entidade GESTOS) e representante da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com AIDS/ Núcleo Pernambuco, José Cândido, o preconceito é um dos piores obstáculos para quem vive com o HIV. “São mais de 30 anos da epidemia de Aids e ainda se enfrenta muitos desafios. Sem dúvida o preconceito é um deles. O que afeta termos uma melhor qualidade de vida. Ainda é necessário ampliar o número de leitos e serviços especializados no Hospital Correia Picanço, referência no tratamento de HIV/ AIDS, e garantir a distribuição de medicação para as infecções de oportunidades”, defende.