Profissionais do Serviço Social e de Enfermagem do Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, iniciam, esta semana, atividades voltadas para o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, em 24 de março. A partir desta sexta-feira (17/03), palestras sobre o assunto vão acontecer na sala de espera do Ambulatório de Egressos e da Emergência, e também no Centro de Estudos, no 4º andar do Internamento.

O objetivo é alertar pacientes e acompanhantes para a tuberculose, que atinge cerca de 10,6 milhões de pessoas no mundo, provocando a morte de mais de um milhão e meio por ano. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a cada ano são notificados aproximadamente 70 mil novos casos e 4,5 mil mortes são registradas em decorrência da doença, considerada a segunda principal causa de mortes infecciosas depois da Covid-19.

De acordo com a pneumologista Bianca Santos, da equipe de Clínica Médica do HMA, a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, que afeta principalmente os pulmões. Pessoas com Covid-19, Aids, diabetes, insuficiência renal crônica, idosas doentes, alcoólatras, dependentes de drogas e fumantes são mais propensas a contrair a doença. “A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa para pessoa. O doente lança pequenas gotas de saliva ao falar, espirrar ou tossir, e essas gotículas são aspiradas por outra pessoa”, explica.

Comumente, a tuberculose é confundida com uma gripe, por exemplo, e evolui durante três a quatro meses sem que a pessoa infectada saiba. Bianca alerta: “é nesse período que a doença é transmitida para outras pessoas. É preciso ficar atento aos sintomas da tuberculose, que vão desde a tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, até febre, rouquidão e falta de apetite”.

Para evitar a tuberculose é necessário imunizar as crianças no primeiro ano de vida com a vacina BCG, pois protege contra as formas mais graves da doença. Já o diagnóstico precoce continua sendo a melhor forma de prevenir a transmissão da doença, iniciando o tratamento adequado o mais rápido possível. Com 15 dias após iniciado o tratamento, a pessoa já não transmite mais a doença. O tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, diariamente e sem nenhuma interrupção.

A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados. O tratamento só termina quando o médico confirmar a cura total do paciente.

As palestras têm início nesta sexta (17), às 9h, na sala de espera do Ambulatório. No dia 21 será realizada às 15h, na sala de espera da Emergência e, no dia 22, também às 15h, no Centro de Estudos localizado no 4º andar do setor de Internamento. Na sexta-feira, 24, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, a atividade começa às 9h, novamente no Ambulatório de Egressos.