O boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco divulgado no último dia 13 de março apontou que o Estado já registrou 6.347 casos prováveis de dengue esse ano. Os dados da SES-PE consideram os registros feitos até o dia 9 de março. Diante do cenário alarmante, é necessário ter atenção redobrada com bebês e crianças. Queila Oliveira, pediatra da UPA São Lourenço da Mata, localizada na Região Metropolitana do Recife, traz algumas dicas para identificar e cuidar da doença nos pequenos.

 

Segundo a pediatra, os pacientes pediátricos podem apresentar sintomas que não são característicos da dengue como sonolência, diminuição do apetite, recusa de líquidos, vômitos e diarreia. “Além de se apresentar assintomática, a doença também pode se manifestar como uma síndrome febril (que pode durar de 2 a 7 dias). Não é fácil identificar dengue em crianças, principalmente nos menores de 2 anos. Elas podem apresentar choro persistente e irritabilidade, o que pode gerar confusão no diagnóstico”, completa Queila Oliveira. 

 

Como os sinais de alarme podem passar despercebidos devido às diferenças sintomáticas, a dengue pode se apresentar de forma grave na criança repentinamente. “Diante de um quadro suspeito ou confirmado de dengue, a principal conduta é a hidratação. Deixar a criança bem hidratada é fundamental para evitar a evolução da doença”, reforça. 

 

Em caso de perceber algum dos sintomas relatados, a recomendação inicial é a mesma de outros quadros virais com repouso, hidratação e observação. “Caso haja persistência ou agravamento, procure atendimento médico”, orienta a pediatra.

 

Também é importante falar sobre outro remédio no combate à dengue: a prevenção evitando água parada. “Esse cuidado precisa ser contínuo e realizado por todos! Podemos ainda recomendar o uso de alguns repelentes”, finaliza Queila.