O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (MS), Jarbas Barbosa, participou, na manhã desta sexta-feira (09/09), de debate sobre as ações do Projeto Sanar – Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas da Secretaria Estadual de Saúde (SES). O encontro, na sede da SES, no Bongi, reuniu a equipe técnica do projeto e contou com a participação do secretário-executivo de Vigilância em Saúde, Eronildo Felisberto.

“São oito meses de trabalho, entre estudos e ações, para enfrentar essas doenças há muito esquecidas”, afirmou Felisberto, lembrando também que “o projeto não tem vida própria, exclusiva. Ele tem raias comunicáveis com os outros setores correlacionados, que são estimulados a olhar com cuidado esses agravos”. Ao todo, o projeto, lançado oficialmente em maio, possui sete doenças negligenciadas em combate: tracoma, doença de chagas, hanseníase, filariose, esquistossomose, helmintíase e tuberculose.

O secretário do MS, Jarbas Barbosa, avaliou como positiva a estratégia da SES para enfrentar essas doenças, que possuem medicamentos e medidas de controle existentes. Por isso, segundo Barbosa, “não há justificativa para não combatê-las com intensidade”. No momento, o MS trabalha em plano para enfrentar, em todo o Brasil, cinco doenças negligenciadas: filariose, esquistossomose, hanseníase, tracoma e helmintíase.

O objetivo do MS é iniciar as ações de pactuação em novembro, com a adesão de Estados e municípios. A ação do MS será com apoio técnico e auxílio com recursos complementares. “Precisamos estimular outros Estados para fazer iniciativas semelhantes”, disse Jarbas Barbosa.

AÇÕES – Doenças negligenciadas é um termo utilizado para um conjunto de enfermidades causadas por agentes infecciosos ou parasitas, além de serem consideradas endêmicas em populações de baixa renda. São elas: tracoma, doença de chagas, hanseníase, filariose, esquistossomose, helmintíase e tuberculose. O Sanar – Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas vai atuar em 108 municípios prioritários do Estado, escolhidos através do percentual de incidência, priorizando a vigilância epidemiológica, o fortalecimento e capacitação das equipes de atenção básica para a identificação e manejo clínico adequado, a ampliação do diagnóstico e a melhora do acesso a tratamentos e medicamentos. O Programa vai contar com um investimento de R$ 5,6 milhões da SES.