O governador Paulo Câmara e o secretário estadual de Saúde, Iran Costa Júnior, participaram da primeira reunião dos coordenadores regionais do Programa Mãe Coruja em 2015. O evento ocorreu no Centro de Convenções de Pernambuco, sendo comandado pela coordenadora do Comitê Executivo do Programa, Bebeth de Andrade Lima, e acompanhado por representantes de diversas secretarias. O objetivo foi apresentar as ações já implementadas e debater o que poderá ser desenvolvido em 2015.
 
De acordo com Bebeth de Andrade Lima, um dos trunfos do Programa foi diminuir em mais de 26% o índice de mortalidade infantil entre os anos de 2007 e 2011. O Mãe Coruja, em parceria com outras iniciativas, também conseguiu reduzir a subnotificação dos óbitos, o que auxilia na organização das políticas públicas específicas para evitar os casos de morte evitáveis. 
 
 
Segundo a coordenadora, o objetivo de 2015 é ampliar a assistência à primeira infância (crianças até os 7 anos). “Pernambuco já é pioneiro nesse trabalho integrado na primeira infância. Queremos investir ainda mais nisso e, com isso, estaremos investindo na sociedade e pensando em pessoas saudáveis no futuro”, frisou. 
 
Já o governador Paulo Câmara disse que já conhecia as ações do Programa e reconheceu a importância das atividades, inclusive para o futuro da sociedade pernambucana. Segundo o governador, esta gestão continuará empenhada no monitoramento do Mãe Coruja, corrigindo o que for necessário e melhorando ações que estão dando certo. “O Estado está se preparando para atender as novas gerações, se integrando com políticas públicas de diversas secretarias”, afirmou. 
 
 
INICIATIVA – Criado em 2007, o Programa Mãe Coruja Pernambucana está presente em 105 municípios do Estado, sendo 103 com gestão estadual e 2 (Recife e Ipojuca) com gestão municipal e apoio estadual. O objetivo é garantir uma boa gestação e um bom período posterior ao parto às mulheres. Já às crianças, busca-se garantir o direito a um nascimento e desenvolvimento saudável, fazendo seu acompanhamento desde a gravidez até os 5 anos. A ação ainda busca reduzir a morbi-mortalidade materna e infantil, assim como estimular o fortalecimento dos vínculos afetivos entre mãe, filho e família.
 
O Programa, formado por nove secretarias, atua nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento social e assistência. As ações são desenvolvidas por meio dos Cantos Mãe Coruja, espaços físicos que estão presentes em todos os municípios com mortalidade acima de 25 para cada 1.000 nascidos vivos.
 
Cada Canto Mãe Coruja conta com dois profissionais para cadastrar e acompanhar as gestantes e seus filhos, articulando as ações das diversas secretarias estaduais, municipais, sociedade civil organizada e parceiros, criando assim uma rede solidária para o cuidado integral da gestante, filho e família. No sentido de monitorar, visualizar necessidades e encaminhamentos, foi criado um sistema de informação por onde se faz o monitoramento das ações.
 
Além do eixo de saúde, que engloba as consultas de pré-natal, aleitamento, imunização e acompanhamento do crescimento das crianças, diversas ações são realizadas para inclusão social dos cadastrados, como a entrega de kits do bebê e registro de nascimento; cursos de qualificação profissional, oficinas de segurança alimentar e círculos de cultura educação para fortalecer o empoderamento das mulheres.
 
O Programa, atualmente, tem cerca 130 mil mulheres cadastradas e 72 mil crianças acompanhadas. 
 
PRÊMIOS – O Programa Mãe Coruja vem colhendo bons frutos. Internacionalmente, o Mãe Coruja já recebeu o prêmio das Nações Unidas em excelência nas práticas de serviços públicos, na categoria “Promoção das questões de gênero na prestação dos serviços públicos da América Latina e Caribe.”. Já da Organização dos Estados Americanos (OEA), o programa ganhou o Prêmio Interamericano da Inovação para a Gestão Pública Efetiva 2014. Esse último será entregue no próximo mês de março, no México. 
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