O secretário estadual de Saúde, Iran Costa, foi um dos participantes da palestra sobre saúde do 2° Congresso Pernambucano de Municípios, promovido pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) no Centro de Convenções, na tarde desta terça-feira (24/03). Com a temática “Pacto do SUS e municípios”, os palestrantes relembraram a história do Sistema Único de Saúde, as formas de financiamento e quais são as perspectivas e desafios para melhoria da área. Além de Iran Costa, participaram da mesa a secretária executiva do Ministério da Saúde (MS), Ana Paula Menezes, e a secretária de Saúde de Jaboatão dos Guararapes, Gessyane Paulino, que também preside o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).
 
 
Durante sua apresentação, o secretário estadual de Saúde trouxe números relacionados ao SUS em Pernambuco, que beneficia em torno de 84% dos mais de 9 milhões de pernambucanos. Ele mostrou que, em 2014, o orçamento da pasta foi de R$ 4,3 bilhões, representando 16,58% dos recursos próprios do Estado, percentual acima dos 12% definidos pela Constituição. O gestor também afirmou que, só em 2014, o Estado ficou responsável por 26 milhões de consultas e 8 milhões de atendimentos de emergência, além de 502 mil procedimentos oncológicos.
 
Para melhoria do sistema de saúde, Iran Costa afirmou que é preciso investir em prevenção e promoção à saúde. “É melhor tratar o diabético na promoção do que na insuficiência renal”, exemplificou, ainda ressaltando a necessidade de prevenção das doenças por meio do serviço da atenção primária. O secretário também lembrou que, atualmente, o Brasil vive uma epidemia de acidentes de motos, que precisa ser combatida, como Pernambuco vem trabalhando por meio da Operação Lei Seca e do Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto (Cepam).
 
Outras alternativas para a melhoria do SUS, de acordo com o secretário de Saúde, devem levar em consideração a qualificação dos profissionais, o fortalecimento da atenção domiciliar e a melhoria da regulação e da regionalização dos serviços, além do maior diálogo e de mais pactuações entre todos os atores envolvidos nesse processo. Sobre o financiamento da saúde no Brasil, ele disse que “os gastos públicos precisam aumentar, independente de onde vem o recurso”, ratificando a necessidade de todos os entes, a União, Estados e municípios, se unirem para fecharem as contas. “O subfinanciamento deve ser um debate permanente de toda a sociedade brasileira para que tenhamos um modelo de saúde que seja viável”, finalizou.