Para conhecer melhor esse vilão da saúde que cada vez mais preocupa a população com seu crescente número de casos, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) realiza o I Seminário por Câncer no Estado de Pernambuco, hoje (15/12), no Praia Hotel, em Boa Viagem , durante todo o dia, a partir das 8h. Para isso a SES, através da Vigilância em Saúde/Registro de Câncer de Base Populacional, formulou e estará lançando o Atlas de Mortalidade por Câncer em Pernambuco, com dados estatísticos da doença entre os anos de 1979 e 2002. O Atlas traz informações dos casos de incidência e óbitos por câncer no estado, analisando detalhadamente os dados por faixa etária, sexo e Geres, além de fazer um comparativo desses números com as estatísticas nacionais e mundiais.

O livro é uma iniciativa da SES, em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), por isso o evento contará com a presença da representante instituto, Marcelli Santos, que abordará os índices de mortalidade no país. Os índices da doença no Estado serão apresentados por Albertina Suliano, coordenadora do Programa de Registro de Câncer em Pernambuco.

 

 

 


“Foram três meses para a realização do Atlas, que contém informações levantadas durante dez anos por cinco registradoras de câncer” diz Albertina, que junto ao estatístico Fernando Moreira, formulou o material. “Vamos ainda enfatizar muito a saúde do homem e a mortalidade por câncer de próstata e pênis. Esse último pode ser prevenido com a simples higiene, já o de próstata é uma das doenças que acometem o homem no seu envelhecimento”, conclui, sobre a programação do seminário.

 

 

 


Outra característica importante do livro é a apresentação topográfica dos casos da doença nos homens e mulheres, destacando os tipos de câncer de maior incidência nos dois sexos. Nos homens pernambucanos, o ranking tem em primeiro lugar o câncer de próstata, seguido por traquéia, brônquios e pulmões em segundo e estômago em terceiro. “Nos casos de próstata, a mortalidade aumenta consideravelmente após os 70 anos. Mas, se descoberto cedo, pode possibilitar uma sobrevida de dez anos. Para isso é preciso fazer o exame preventivo a partir dos 50 anos, e nenhum é mais seguro que o do toque retal”, lembra Albertina.

 

 

 


Nas mulheres, o câncer de mama figura em primeiro lugar, seguido de câncer de colo de útero em segundo e o de fígado e vias biliares em terceiro. O de colo de útero, de todos os tipos da doença, é o de maior possibilidade de cura, desde que detectado cedo. Segundo Albertina, os casos de mama são estimulados principalmente por hábitos alimentares errados, gravidez precoce ou tarde demais, obesidade, reposição hormonal, menstruação precoce e menopausa tardia. “Por tudo isso, é preciso que se faça exames de toque desde cedo”, enfatiza.

 

 

 


Ela lembra ainda que fatores externos são estimulantes para o surgimento da enfermidade e fortalecedores do desenvolvimento dos tumores. “O câncer em geral está ligado ao estilo de vida. O importante é ter uma vida equilibrada, sem exageros. O risco de desenvolver uma dessas doenças aumenta principalmente se você se expõe a mais de um hábito de risco, como álcool, fumo, sol e alimentação irregular”, destaca.

 

 

 


A SES estima um público de aproximadamente 100 pessoas, entre universitários, médicos, enfermeiros, representantes de hospitais referência no tratamento da doença e profissionais pesquisadores do câncer. O Atlas de Mortalidade por Câncer será uma ferramenta importante na divulgação do quadro estadual de incidência da enfermidade, além de auxiliar na elaboração de políticas preventivas do câncer em Pernambuco.

 

 

 

 

 

 

O câncer de próstata

 

Ocorre quando as células da próstata começam a crescer fora de controle, podendo invadir tecidos vizinhos ou se espalhar por outras partes do corpo (metástase).

 

 

 

 

 

 

Sintomas

 

Dificuldade de urinar

 

 

 

Dor ou ardor durante a micção

 

 

 

Incontinência urinária

 

 

 

Sangue na urina

 

 

 

Dor na região pélvica

 

 

 

 

 

 

Prevenção

 

A forma mais eficaz de prevenir é fazendo o exame de toque retal e a dosagem do PSA (que analisa o sangue do paciente). Porém 25% dos pacientes identificados com câncer de próstata apresentam níveis normais de PSA, o que faz do toque retal indispensável.

 

 

 

 

 

 

Tratamento

 

Depende do estágio da doença, pode incluir desde radioterapia até mesmo a remoção da glândula prostática.

 

 

 

 

 

 

Serviço

 

 

 

O que: I Seminário por Câncer no Estado de Pernambuco

 

 

 

Quando: sexta-feira (15/12)

 

 

 

Onde: Praia Hotel, em Boa Viagem , a partir das 8h.