O Grupo Neurozika, que tem entre seus integrantes pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz de Pernambuco (Fiocruz) e o Serviço de Neurologia do Hospital da Restauração (HR) promoveram nesta última quinta-feira (08.06) a palestra Manifestações Neurológicas Associadas às Arboviroses. O encontro, que reuniu neurologistas, médicos clínicos, médicos residentes e enfermeiros, ocorreu no auditório do HR.

O palestrante convidado foi o neurologista e também professor da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, Tom Solomon, diretor do Global Heath. "Nossa meta é reduzir doenças neurológicas provocadas por infecções. Por isso, trabalhamos em parceria com governos e a Organização Mundial de Saúde (OMS). Estamos envolvidos em eventos que ocorrem em todo o mundo, a exemplo da encefalite japonesa, que acomete cerca de 70 mil pessoas a cada ano e um terço desses pacientes morrem, pois não existe tratamento. Há algumas diferenciações em relação ao vírus da zika, mas podemos fazer este paralelo", comentou o professor.

De acordo com a chefe do setor de neurologia do HR, Lucia Brito, a presença do especialista é capaz de apontar para novas possibilidades de investigação para os casos de complicações neurológicas. "Sabemos que cada organismo tem uma resposta diferente à presença do vírus. Alguns terão sequelas motoras, outros cognitivas ou mesmo crises convulsivas, precisamos dessas respostas aos diferentes comportamentos e às diferentes causas. O que diferencia cada caso? São por esses questionamentos que estamos aqui", disse. A intenção é estabelecer parceria para tais diagnósticos.