Neste dia 19 de outubro celebra-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama. Caracterizada como a multiplicação desordenada de células na mama, que podem gerar tumores, a doença é uma das que mais afeta a população mundial. Em 80% dos diagnósticos as causas são multifatoriais (idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, questões comportamentais e ambientais, etc) e outros 20% possuem caráter voltado para os fatores genéticos e/ou hereditários. Especialista do Hospital Barão de Lucena (HBL) detalha fatores de risco, incidência de casos e a importância do diagnóstico.

A doença, que predominantemente acomete as mulheres, pode acontecer também na população masculina. O que difere e contribui para a suscetibilidade do sexo feminino é a exposição ao estrogênio, hormônio produzido pelos ovários. Embora também esteja presente no organismo do homem, está presente em maiores quantidades em mulheres, tornando-as mais expostas as consequências da ação deste hormônio.

De acordo com o mastologista do Hospital Barão de Lucena (HBL), Darley Ferreira, entre os principais fatores de risco para o surgimento do câncer de mama no público feminino, está também – além do fato da biologia feminina – o histórico familiar para doença, que aumenta em 20% a probabilidade de manifestação deste tipo de câncer, o uso de terapia de reposição hormonal de forma prolongada, como também a ausência de gestação e realização de amamentação.

“É importante que mulheres e homens fiquem atentos aos sinais de alerta e busquem um profissional de mastologia para avaliação diagnóstica. Entre esses sinais está à presença de nódulo endurecido na mama, retração do mamilo e existência de íngua embaixo do braço”, explicou.

O mastologista, que atua há 20 anos no HBL destaca a proporcionalidade do acometimento da doença na população. “Em todos esses anos atuando na unidade, posso afirmar que no universo de diagnóstico, apenas cerca de 20 pacientes eram do sexo masculino”. Ainda sobre essa diferenciação, o especialista destacou ainda que “a cada 200 mulheres quadro confirmado para câncer de mama, surge um novo caso no público masculino”, completou.

Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 2023 e 2055, por exemplo, são esperados 2.880 novos casos de câncer de mama apenas em Pernambuco.

“O diagnóstico oportuno faz toda a diferença no tratamento e aumenta as possibilidades de cura do câncer. O tratamento de cada paciente irá depender da biologia tumoral (tipo e do estágio da doença) e podem envolver desde a quimioterapia, radioterapia, cirurgia e terapia com a utilização de hormônios. Cada caso é avaliado individualmente pelo médico mastologista, que entre as avaliações diagnósticas poderá realizar os exames de ultrassonografia mamária, mamografia e a realização de biopsia - retirada de uma pequena quantidade de tecido para avaliação da presença ou não de câncer”, finalizou.