Uma das novidades é que, este ano, dois hospitais que não são atendidos pelos palhaços da ONG de forma continuada vão receber o São Joãozinho: o Hospital Santa Casa de Misericórdia, que atende só adultos, e o Hospital Otávio de Freitas. 

 

“Nas datas comemorativas, sempre tentamos ampliar o nosso cronograma, passando por hospitais que ainda não possuem nosso trabalho. Para os palhaços é desafiador, já que não temos um conhecimento anterior desses pacientes, da história deles”, comenta Arilson Lopes, ator e palhaço, conhecido nos hospitais como Dr. Ado. 

 

“Na Santa Casa de Misericórdia, teremos a oportunidade de trabalhar só com o público adulto, que também não é o foco primário do nosso trabalho no cotidiano”, complementa o também ator e palhaço Luciano Pontes, conhecido como Dr.Lui.

 

O São Joãozinho dos Doutores da Alegria leva aos hospitais tudo que as crianças têm direito. A música, por exemplo, forró pé-de-serra e paródias muito engraçadas de canções tradicionais do período junino, fica por conta do “Trio Porta Soro”, com sanfona, zabumba e triângulo.

 

Este ano, os palhaços recebem um convidado especial: o sanfoneiro Johann Brehmer, que vai ajudar a compor o Trio. Os palhaços prometem homenagens a nomes importantes da cultura junina, como Dominguinhos, Arlindo dos Oito Baixos e mestre Camarão.

 

Os besteirologistas – Arilson Lopes (Dr.Ado), Eduardo Filho (Dr. Dud Grud), Fábio Caio (Dr. Eu Zébio), Juliana de Almeida (Dra. Baju), Luciano Pontes (Dr.Lui), Marcelo Oliveira (Dr. Marmelo), Greyce Braga (Dra. Monalisa), Marcelino Dias (Dr.Micolino) e Luciana Pontual (Dra. Svenza) – estarão vestidos a caráter para a festa. 

 

O cortejo deve contar ainda com duas participações especiais: Relva Ramalho (interpretada por Dra. Baju) e o próprio Santo Antônio (Dr.Eu). Haverá também casamento junino, quadrilha improvisada com as crianças, simpatias, e até “zap zap elegante”, uma versão moderna do correio elegante.

 

“Tudo isso tem um único propósito: proporcionar o encontro com o outro, com a criança, levando o clima das nossas ruas para dentro dos hospitais. Muitas vezes as crianças estão internadas durante semanas, meses, e festejar o São João é uma forma de retomar esse elo com o que acontece fora das paredes do quarto do hospital”, avalia Arilson Lopes.