O Hospital Pelópidas Silveira (HPS), localizado às margens da BR-232, no Curado, recebe, nesta terça-feira (14), a partir das 9h, no hall do 4° andar, a assistente social do Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, Mônica Regina, que vai promover palestra sobre os direitos e os tipos de violência contra a mulher. O encontro, alusivo ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no último dia 08 de março, faz parte das ações do Grupo Multiprofissional de Acompanhantes, que realiza reuniões quinzenais no HPS, e tem o objetivo de intensificar a reflexão sobre o papel dos familiares como sujeitos de direito e fortalecer a luta pela não violência na sociedade.
 
“Nosso objetivo é esclarecer, às acompanhantes dos pacientes internados no Pelópidas Silveira, sobre os diversos tipos de violência. Muitas vezes, as pessoas pensam que só existe a violência física e/ou sexual, por isso, acabam internalizando como naturais, as outras formas de subjugação da mulher, como a violência moral e psicológica”, reforça a coordenadora do Serviço Social do HPS, Juliene Cavalcanti. 
 
Durante a palestra, o Grupo de Acompanhantes receberá materiais informativos e será orientado sobre o fluxo de atendimento do Wilma Lessa, que é referência na rede estadual de Saúde para o acolhimento às mulheres vítimas de violência e que fica localizado no Hospital Agamenon Magalhães, na zona Norte do Recife.  
 
“Mulheres a partir de 12 anos, que tenham sofrido algum tipo de violência (doméstica, física, moral, sexual, por exemplo), podem buscar assistência no Wilma Lessa. O atendimento é realizado por uma equipe multiprofissional, que garante o sigilo da paciente. No momento em que a mulher chega ao serviço, ela é recebida por uma assistente social, responsável pelo acolhimento da paciente. Depois, ela é encaminhada à equipe médica e ainda à psicóloga de plantão. Na consulta, verificam-se os protocolos necessários para cada tipo de paciente: uso de contraceptivo de emergência, do coquetel para DST/ HIV e do aborto previsto em lei, tipos de serviço que são rigorosamente analisados pelos médicos. As pacientes, além de receberem orientação sobre seus direitos, tratamento médico e psicológico, ainda são encaminhadas aos serviços especializados da rede e, caso queiram, para prestar queixa nas delegacias específicas para cada caso”, ressalta Mônica Regina. 
 
DADOS - Durante todo o ano de 2016, o Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, realizou 1.451 atendimentos de mulheres vítimas de violência. Desse total, 371 casos foram de primeiros atendimentos e os demais de retornos para acompanhamento clínico, social e psicológico. Do número de mulheres, 119 (32%) chegaram ao serviço após 72 horas do ocorrido, o que impossibilita alguns procedimentos, principalmente no caso de violência sexual.