Uma das principais unidades de referência para partos de alto risco no Estado, o Hospital Agamenon Magalhães (HAM) conseguiu ampliar o número de partos vaginais realizados na unidade entre mulheres em primeira gestação. Até o início de 2015, a taxa de partos normais realizados dentro desse grupo era de 26,8%. Atualmente, esse número já ultrapassa os 53%. Essa ampliação foi uma das conquistas da primeira fase do Projeto Parto Adequado, implantado na unidade desde abril do ano passado.  

Iniciativa conjunta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI), com apoio do Ministério da Saúde, o Projeto Parto Adequado contemplou um grupo piloto de 26 hospitais da rede pública e privada de todo o País. Dessas unidades, o número de partos vaginais cresceu, em média, 16 pontos percentuais - saindo de 21% em 2014 para 37% ao final do projeto, em 2016.

Com uma média de 300 partos por mês, sendo quase metade desse número de mulheres em primeira gestação, o Hospital Agamenon Magalhães deu início a um processo de mudança na filosofia dos partos. “Além de algumas mudanças relacionadas à estrutura física, fortalecemos a adoção das Boas Praticas ao Parto e Nascimento, recomendadas pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde, uma tendência que vem ganhando espaço em hospitais públicos e privados de todo o mundo”, explica a gestora de qualidade do HAM, Marta Baudel.

O fortalecimento do trabalho desenvolvido pelo pré-natal de alto risco também foi determinante para esses números. “Contamos com uma equipe multiprofissional para acolher as gestantes e seus familiares.  E temos trabalhado no sentido de sensibilizar e preparar esses pais e mães para o parto e os cuidados com sua saúde”, completa a diretora da unidade, Cláudia Miranda.