Credenciado pelo Ministério da Saúde como Centro de Referência de Alta Complexidade em Cardiologia, o Hospital Agamenon Magalhães (HAM) foi convidado a participar de um estudo, que vem sendo realizado nacionalmente, em parceria com outras 43 unidades vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) ou a entidades filantrópicas, que pode redefinir os protocolos de visita nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Lançado pelo Hospital Moinhos de Vento, do Rio Grande do Sul, o projeto UTI Visita Ampliada constatou que pacientes, em ambiente hospitalar, que permanecem por mais tempo em contato com familiares, tiveram redução de delírios e de até um dia no tempo de permanência nas UTIs. Além disso, não foi constatado qualquer aumento nos índices de infecção.

Diante disso, o Moinhos de Vento e o Ministério da Saúde, através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional (PROADI-SUS), resolveram ampliar o estudo para testar a eficácia em outras unidades. É aí que entra o Agamenon Magalhães. “Nós já tivemos um treinamento inicial há cerca de dois meses, mas o pessoal da UTI, propriamente dita, começou a ser preparado nesta terça-feira (27)”, explica o chefe da UTI Geral do HAM, Marcos Galindo. A ideia é que o projeto comece a funcionar de fato em agosto.

Tradicionalmente, as visitas em UTIs brasileiras ocorrem em horários restritos, de uma a duas vezes por dia com duração de 30 a 40 minutos, sob a justificativa teórica de que a visita ampliada poderia ampliar o risco de infecções e desorganização do cuidado ao paciente. Dentro do Visita Ampliada, o tempo de permanência do familiar ao lado do paciente chega a 12 horas. “Nós vamos alternar os dois modelos de visitas durante períodos de tempo pré-definidos e em seguida comparar os resultados”, conclui Galindo.