O embaixador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Eliminação da Hanseníase, Yohei Sasakawa, visitou o Estado de Pernambuco, nesta quarta-feira (12/08), para conhecer as ações de eliminação da doença que estão sendo desenvolvidas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Números significativos em relação ao combate da hanseníase no Estado, como o aumento na quantidade de pessoas examinadas e a redução no percentual de abandono ao tratamento, motivaram o Ministério da Saúde (MS) a indicar Pernambuco para a visita. Yohei Sasakawa foi recebido pelo secretário estadual de Saúde, Iran Costa, na sede SES, no bairro do Bongi.

O percentual de cura tem se mantido estável ao longo dos anos, com mais de 80% dos casos registrados em Pernambuco. Em 2012, foram 2.561 casos novos na detecção geral, com 82,3% de cura. E em 2013, o número de casos novos chegou a 2.604, com cura atingida de 81,2%. "Temos um trabalho interessante para mostrar. Além de sermos o primeiro estado brasileiro a desenvolver um programa específico para enfrentamento dessas doenças, estamos alcançando metas para reduzir a hanseníase. Nossa metodologia servirá de exemplo para que seja colocada em prática em outros locais endêmicos", comentou o coordenador do Programa Sanar, Alexandre Menezes.
 
Em 2010 foram examinados 63% dos contatos de todos os casos e em 2014, esse percentual aumentou para 75%. A doença é representada por manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com alteração da sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. Os sintomas estão relacionados ao comprometimento do nervo, podendo afetar a força muscular, a marcha (caminhar), entre outras, e até provocar deformidades físicas. O tratamento é gratuito, padronizado pela OMS e MS. É realizada nos postos de saúde, necessitando que o paciente compareça à unidade uma vez por mês para tomar a medicação (dose supervisionada). O Hospital Otávio de Freitas (HOF), no bairro de Tejipió, Zona Oeste do Recife, e o Hospital Geral da Mirueira, em Paulista, são referências secundárias estaduais no atendimento aos pacientes de hanseníase em Pernambuco. O Imip é a referência terciária. Se não tratada precocemente, a doença pode causar incapacidades ou deformidades no corpo.

 

Conteúdo Relacionado