Dando continuidade às políticas públicas voltadas à saúde das pessoas privadas de liberdade, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) promoveu, nos dias 21 e 22 de março, capacitação para profissionais que atuam nas 22 unidades prisionais de Pernambuco sobre o monitoramento das doenças tuberculose e hanseníase. Também foram apresentados projetos exitosos realizados em Pernambuco. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional foi instituída em 2014 pelo Ministério da Saúde e Pernambuco vem, desde então, implementando medidas e elaborando diretrizes para garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no sistema prisional ao cuidado integral no SUS.

 

"Pernambuco foi um dos primeiros estados do País a cumprir e elaborar protocolos de acordo com a política instituída. Durante todo o ano de 2016, a Secretaria Estadual de Saúde criou processo de monitoramento e padronização das ações de controle da tuberculose e hanseníase. A partir dessas ações, houve melhora dos indicadores já que as equipes de saúde que atuam dentro dessas unidades estão na busca de casos ativos das doenças, assim como o monitoramento de adesão do tratamento", comenta a coordenadora de Saúde Prisional de Articulação da Rede SUS, Suelen Cruz.  

 

Atualmente, a SES possui um profissional de saúde habilitado em cada uma das 22 unidades prisionais do Estado como apoiadores institucionais. Mais de 300 profissionais entre médicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, entre outros estão atuando nas unidades carcerárias, ligados à Secretaria Executiva de Ressocialização.  Outras doenças infecciosas como HIV, sífilis e hepatite também são monitoradas. Todos esses profissionais foram capacitados para testagem de HIV e realização de exames.  Também está sendo implementado o e-SUS AB,  rede de serviço que compõe a Atenção Básica para alimentar eletronicamente o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica.

 

"Todas essas medidas visam interromper as cadeias de transmissão das doenças nesta população vulnerável e ampliar o acesso ao diagnóstico precoce.  No caso da tuberculose, temos 70% de cura logo no primeiro tratamento", ressaltou Suelen.