Na semana em que é celebrado o dia internacional da não-violência contra a mulher (25.11), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) reforça que tem um equipamento de referência estadual especializado no acolhimento e atendimento do público feminino. O Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, sediado no Hospital Agamenon Magalhães (HAM), no Recife, existe há 15 anos e atende as mulheres vítimas de violência doméstica e sexual. De janeiro a outubro deste ano, 313 mulheres receberam o primeiro atendimento no local, mantendo todo o sigilo necessário para cada tipo de caso.
“O dia da não-violência é mais um dia de luta e reafirmação de que nós mulheres devemos ter nosso corpo e nossa autonomia respeitados. Nós esperamos que nenhuma mulher seja submetida à qualquer expressão da violência, mas se, infelizmente, isso ocorrer, que possa contar com um serviço especializado como o Wilma Lessa para ser acolhida”, afirma a coordenadora do Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, Mayara Mendes.
PERFIL – Neste ano, dos 313 primeiros atendimentos do Wilma Lessa, 278 foram de vítimas de violência sexual e 72 de violência física (lembrando que uma mulher pode ter sofrido mais de um tipo de violência ao mesmo tempo). Do total de mulheres, 265 foram agredidos por 1 pessoa, 45 tiveram como agressores de 2 a 4 pessoas e 3 foram por 5 agressores.
Do público, 137 mulheres eram provenientes do Recife, 113 dos demais municípios da Região Metropolitana e 54 do Interior do Estado. A maioria dos atendimentos (211) envolvia mulheres entre 19 e 49 anos, seguido das adolescentes entre 12 e 18 anos (92) e mulheres entre 50 e 80 anos (10). Em relação a como as vítimas chegaram ao local: 91 foram por demandas espontâneas, 111 provenientes de delegacias/IML, 105 de serviços de saúde e 6 casos oriundos de outros serviços do sistema de proteção.
“No Wilma Lessa, oferecemos assistência clínica, social e psicológica, incluindo medicações para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada, além da interrupção gestacional, em casos de estupros e de acordo com as legislações vigentes”, ressalta Mayara. Este ano, até outubro foram 19 interrupções gestacionais.
Em 2015, foram 1.140 atendimentos, entre primeiras consultas (398) e retornos para acompanhamento do quadro, além de 23 interrupções gestacionais.
TELEFONE – A Secretaria da Mulher de Pernambuco possui uma Ouvidoria para que o público feminino possa fazer solicitações, denúncias, reclamações, elogios, sugestões e também solicitar acesso a informações públicas. Esse é um instrumento de gestão participativa, que promove o exercício da cidadania, facilita a comunicação com a população e contribui para a avaliação dos serviços prestados pelo Estado. O contato é o 0800.281.8187. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas, todos os dias da semana.
OUTROS SERVIÇOS – Além do Serviço de Apoio à Mulher, há outras unidades de saúde municipais e estaduais para as mulheres vítimas de violência. Veja a lista abaixo:
I GERES: Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) - Recife; Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) - Recife; Hospital da Mulher do Recife - Recife; Hospital e Maternidade Petronila Campos - São Lourenço da Mata; Maternidade Arnaldo Marques - Recife; Policlínica Agamenon Magalhães - Recife; Maternidade Bandeira Filho - Recife; Unidade Mista Prof Barros Lima - Recife.
IV GERES: Hospital Jesus Nazareno - Caruaru.
VII GERES: Hospital Regional Inácio de Sá - Salgueiro.
VIII GERES: Hospital Dom Malan - Petrolina.
XI GERES: Hospital Professor Agamenon Magalhães - Serra Talhada.