O mês de fevereiro abraça duas datas importantes ligadas à saúde: a Semana Nacional contra o Alcoolismo (de 18 a 22.02) e o Dia de Combate às Drogas e ao Alcoolismo (20.02). Por isso, a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP) vem a público falar sobre esses problemas que geram prejuízos à saúde e psicossociais.

De acordo com uma publicação desta semana do IMIP Pernambuco, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera doença a dependência em drogas lícitas ou ilícitas. O uso indevido de substâncias como álcool, cigarro, crack e cocaína é um problema de saúde pública de ordem internacional que preocupa nações do mundo inteiro, pois afeta valores culturais, sociais, econômicos e políticos.

Dados do Ministério da Saúde mostram que o hábito de consumir excessivamente bebidas alcoólicas vem crescendo ano a ano no Brasil. Segundo a avaliação, quase 20% dos brasileiros estão entre os que bebem demais. Beber demasiadamente líquidos com teor alcoólico é prejudicial em vários aspectos. Além de ruir com a sua saúde, o álcool causa 50% dos acidentes de trânsito, segundo o Detran. O alcoolismo é responsável por destruir famílias e a vida social de quem bebe.

O álcool é também um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de diversas doenças. O uso constante provoca danos ao sistema nervoso, podendo causar demência, bem como diminuição da sensibilidade e da força muscular nas pernas. Outras possíveis consequências são: no estômago, pode ocasionar gastrites e úlceras; no fígado, pode desencadear hepatites, acúmulo de gordura e cirrose; no pâncreas, gera pancreatite; e no sistema circulatório, aumenta o risco de miocardites, pressão alta, acidentes vasculares cerebrais e aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos). O álcool tem relação com o desenvolvimento de câncer no trato intestinal, na bexiga, próstata e outros órgãos.

O primeiro passo é dado quando o indivíduo reconhece que é dependente de álcool e/ou outras drogas e quer mudar a situação. Depois, a família e/ou o dependente deve procurar um psicólogo ou psiquiatra, que avaliará as possibilidades de tratamento. O tratamento pode envolver a desintoxicação, que é a retirada da bebida com acompanhamento profissional e aconselhamento individual ou em grupo. Em Petrolina, por exemplo, existe o CAPS AD (Álcool e Outras Drogas), que é referência para esse tipo de atendimento e toda a rede de saúde atua em parceria, oferecendo assistência integral a esse paciente. Informe-se pelo telefone (87) 3862-3677