O Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, sediado no Hospital Agamenon Magalhães (HAM), no Recife, realiza atendimento de mulheres vítimas de algum tipo de violência (física, moral, sexual). Aberto 24 horas por dia, sete dias por semana, o serviço conta com uma equipe multiprofissional para fazer o acolhimento e realizar todos os procedimentos de saúde necessários nas pacientes. Só em 2015, foram 1.140 atendimentos, entre primeiras consultas (398) e retornos para acompanhamento do quadro. Até o dia 11.06 deste ano, foram mais 508 atendimentos (154 de primeira vez).
 
Completando 15 anos de funcionamento neste mês de junho, o Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa realiza uma série de palestras e debates entre esta quarta (15.06) e a sexta-feira (17.06), no auditório do 6º andar do Hospital Agamenon Magalhães (Estrada do Arraial, 2723, Casa Amarela – Recife/PE). O evento é aberto ao público interessado. Entre os temas abordados estão: as ações para o enfrentamento da violência contra a mulher em Pernambuco, as atribuições da Delegacia da Mulher, a cultura do estupro, entre outros. Representantes da Delegacia da Mulher, da Secretaria da Mulher e de entidades da sociedade civil, além de profissionais do Wilma Lessa, do HAM e da Secretaria Estadual de Saúde (SES) participam das atividades. Veja a programação completa AQUI. 
 
Para a diretora do HAM, Cláudia Miranda, a data deve ser celebrada. "Estamos vivendo um momento importante para a sociedade, com todas essas questões de gênero e violência sendo discutidas. Vamos promover também oficinas internas ao longo do ano para dar continuidade aos trabalhos e discussões", comentou. Também participaram da mesa de abertura a gerente de Atenção à Saúde da Mulher da SES, Leticia Katz e Carmelita Maia. 
 
“Este momento é importante para discutir questões relacionadas à violência contra a mulher e como fazer o enfrentamento, para que possamos diminuir o número de casos. Também queremos divulgar o Serviço para toda a população feminina. A expectativa é que a mulher não seja vítima de qualquer tipo de violência e não precise recorrer a um serviço de saúde. Mas se precisar, ela deve saber que o Wilma Lessa faz o acolhimento com todo o sigilo necessário para cada tipo de caso e realiza os procedimentos necessários para auxiliar na plena recuperação da vítima”, afirma a coordenadora do Wilma Lessa, Mayara Mendes.
 
Ao chegar ao Wilma Lessa, a mulher é recebida por uma assistente social, responsável pelo acolhimento. Depois, ela é encaminhada ao médico e enfermeira e ainda à psicóloga de plantão. Na consulta, verificam-se os protocolos necessários para cada tipo de caso.
 
Quando o atendimento é relacionado à agressão sexual, por exemplo, o protocolo inclui o uso de contraceptivo de emergência, do coquetel para DST/ HIV, exames subsequentes e, se necessário, o aborto previsto em lei (entre 2015 e 2016 foram 26 casos efetivados). Todas as medidas são rigorosamente analisadas pelos médicos e equipe de plantão.
 
Em caso de violência física, a mulher pode ser atendida na emergência do Hospital Agamenon Magalhães ou, se necessário, ela será encaminhada a outra unidade. A equipe do Wilma Lessa ainda orienta a vítima caso ela queira fazer denúncia na esfera judicial.