O grupo de estudo – do qual o Hospital Dom Malan/Imip de Petrolina e mais 10 instituições de saúde e educação do Brasil participam, coordenados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – discutiu, via videoconferência, neste mês de abril, o tema Doença Falciforme na Gravidez.

De acordo com o ginecologista/obstetra e especialista em medicina fetal do HDM, Marcelo Marques, um tema relevante e de grande prevalência na região. “A doença falciforme é relativamente comum no nosso raio de abrangência, que alcança mais de 50 municípios, e é uma doença que requer cuidados, pois pode evoluir com complicações e ocasionar a morte materna. Inclusive, o nosso último caso de investigação de óbito no Dom Malan foi de uma paciente falcêmica”, relata.

A anemia falciforme é a doença hereditária mais comum no Brasil. Ela causa a malformação das hemácias, que assumem forma semelhante a foices, causando deficiência no transporte de oxigênio nos indivíduos acometidos pela doença. Mulheres gestantes com anemia falciforme apresentam mais complicações obstétricas, hematológicas e perinatais do que as demais. “Dessa forma, entendemos que essa é uma paciente de alto risco, que precisa ser acompanhada desde o pré-natal até o puerpério”, ressalta o médico.

“Participar desse grupo de discussão sobre o assunto aumenta o nosso nível de conhecimento, bem como alinha a nossa conduta e protocolos médicos aos dos grandes centros de ensino, pesquisa e assistência. Então, sem dúvida, esse é um ganho para o Dom Malan”, acredita.  

Há 2 anos, o hospital materno-infantil participa desse grupo de estudo coordenado pela Unifesp de forma bastante contributiva e prepara uma apresentação para, em breve, levar ao centro da discussão. Em abril, o tema foi apresentado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e participaram, na transmissão de Petrolina, internos, residentes, médicos e convidados do Hospital Dom Malan. O próximo encontro está marcado para o dia 02 de maio.