O Hospital Miguel Arraes (HMA/FGH), em Paulista, promoveu nessa terça-feira (30) o encerramento da sua programação em torno do Maio Amarelo, movimento que conscientiza sobre os sinistros de trânsito e que, em 2023, completa 10 anos, trazendo como tema “No trânsito, escolha a vida”. O evento, dirigido aos colaboradores da unidade, foi promovido pela Vigilância Epidemiológica Hospitalar (VEH), coordenada pela enfermeira Claudynne Vieira. A equipe da VEH organizou uma estrutura simulando uma rua, no auditório, e decorou o ambiente nas cores do movimento, amarela e preta. 

         Para falar sobre a prevenção de sinistros de trânsito foram convidados o cirurgião Petrus Andrade Lima, coordenador do Núcleo de Educação Permanente do SAMU Metropolitano Recife, e o ortopedista Caio Francisco, da equipe de Trauma-ortopedia do HMA. Cada um abordou o tema com enfoque em suas atividades.  

         Como médico do SAMU, dr. Petrus relatou sua experiência diária no socorro às vítimas de sinistros de trânsito. “Nos finais de semana é que vemos aumentar os registros de sinistros provocados, principalmente, pela mistura de álcool e direção, e os motociclistas são as principais vítimas dessa imprudência”, explica. De acordo com o especialista, o trânsito se baseia no respeito a suas regras: “O respeito começa do veículo maior até o menor, do ônibus até a bicicleta, e todos focando no pedestre, que é a pessoa primordial no trânsito. A obediência às regras do trânsito serve para proteger os indivíduos que nele circulam e, quando elas são quebradas, geralmente as consequências são graves”, pontua Petrus Andrade Lima. 

         O ortopedista Caio Francisco trouxe à discussão os casos de vítimas de sinistros de trânsito recebidos no Hospital Miguel Arraes. O especialista destacou o perfil desses pacientes, que se repete ano a ano: “a maioria deles é motociclista, do sexo masculino e na idade produtiva, dos 20 aos 40 anos. Com as lesões, que muitas vezes deixam sequelas permanentes, toda a família indiretamente acaba sendo atingida, uma vez que o paciente é a mantenedor da casa”. Em 2022, o Miguel Arraes recebeu 1.224 vítimas de sinistros de trânsito, 56,5% delas na idade produtiva de 20 a 39 anos. A motocicleta respondeu por 74% das vítimas que deram entrada na unidade. 

         O evento dessa terça-feira teve o auditório lotado. Um café da manhã foi servido ao final das palestras e houve sorteio de brindes para os funcionários presentes.