O Hospital Dom Helder Câmara (HDH), no Cabo de Santo Agostinho, é o primeiro hospital no Norte/Nordeste a oferecer residência médica em cardiointensivismo: programa que une cardiologia e medicina intensiva. Para fazer parte do programa, o médico precisa ter concluído a residência médica em cardiologia. O processo seletivo, que conta com uma vaga, e o início das atividades acontecem agora em março.

Por que essa nova modalidade?

Unidades de tratamento intensivo (UTI’s) recebem pacientes graves, incluindo cardiopatas, frequentemente. Mas até o ano de 2015, somente médicos intensivistas podiam exercer a função de responsável técnico ou chefe de UTI.  

Mas uma resolução* do Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou médicos especialistas em cardiologia a responderem tecnicamente ou chefiar unidades coronarianas, unidades de pós-operatórios de cirurgia cardíaca ou unidades de urgências cardiovasculares.

"Com essa resolução do CFM, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), por entenderem haver interação entre as especialidades no que diz respeito ao tratamento intensivo de doenças cardiovasculares, resolveram criar uma matriz curricular unindo as duas especialidades" explica Rafael Gomes, diretor de Ensino e Pesquisa do HDH. 

Em novembro 2019, a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), ligada ao Ministério da Educação, aprovou o ano adicional em Cardiointensivismo ao Programa de Residência em Cardiologia.

 

*Resolução nº 2.135/15