A Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE) e o Conselho Regional de Medicina (Cremepe) promovem, no próximo dia 14.12, o Curso de Atualização em Morte Encefálica. O evento, que será das 19h às 21h no auditório do Cremepe (Rua Conselheiro Portela, 203, Espinheiro – Recife), é voltado para médicos e enfermeiros. As inscrições devem ser realizadas pelo edu.ctpe@gmail.com ou pelo (81) 3181.6207. Ao todo, estão sendo disponibilizadas 150 vagas.
 
O curso será ministrado pelo médico neurologista Luiz Antônio da Costa Sardinha. Ele é coordenador da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele também é membro da câmara técnica de morte encefálica do Conselho Federal de Medicina.
 
O QUE É – A morte encefálica acontece quando o cérebro perde a capacidade de comandar as funções do corpo, como consequência de uma lesão conhecida e comprovada. Para que o diagnóstico seja fechado, são necessárias duas avaliações clínicas feitas por médicos diferentes não participantes de equipes de transplantes, com intervalo de tempo mínimo de seis horas. Também é exigido um exame gráfico que vai mostrar que o cérebro não tem mais função.
 
No caso da morte encefálica, o paciente é um potencial doador de coração, rins, pâncreas, fígado e córneas. Em Pernambuco, até o mês de outubro, 163 pacientes com morte encefálica realizaram doações múltiplas. Outros 126 casos foram de negativa familiar, ou seja, apesar do diagnóstico da morte encefálica, não houve autorização para a doação.
 
DADOS – De janeiro a outubro, Pernambuco realizou 1.545 transplantes. O número é 27,27% maior do que o mesmo período de 2017, com 1.214 procedimentos. Já a fila de espera conta com 964 pacientes, sendo 765 aguardando um rim.